A família e seus símbolos
Tão prioritária é a família na vida da pessoa, da sociedade e da Igreja, que nos servimos de símbolos para avaliar e explicar sua centralidade. Vamos aqui nos ocupar com alguns símbolos, provavelmente os mais conhecidos, porém muito significativos e iluminadores, para que a família recupere sua credibilidade e seu primado.
1. Família, nossa “primeira pátria”. É nosso primeiro chão, nossa identidade original, nossa casa. Nela somos gerados, cuidados, educados como cidadãos e dela recebemos as condições para a convivência pública e as virtudes sociais. Sem a família, primeira pátria, não teremos a segunda pátria, a comunidade nacional, o povo, a nação. A família é a primeira sociedade natural. Está no centro da vida social.
2. Família, nosso “segundo útero”. Entendemos por segundo útero, a educação, cultura, valores que recebemos na família. Ela é o útero cultural, educacional, espiritual, religioso, ali nascemos para a convivência humana e recebemos as condições para sermos pessoas centradas, civilizadas, humanizadas, amadurecidas.
3. Família, “patrimônio da humanidade”. Todos os povos têm a família como instituição, organização e patrimônio social. È a mais antiga instituição social com a função procriativa, econômica, educativa e afetiva. Pela alteridade, reciprocidade e complementariedade a família é o primeiro lugar de nossa convivência humana. É a primeira sociedade natural, uma comunidade natural, um patrimônio da humanidade.
4. Família, “tesouro dos povos”. É a maior riqueza da pessoa e da sociedade, porque gera a vida, facilita o relacionamento, é escola de “comunhão com os outros e de doação aos outros”. Nela recebemos as primeiras noções a respeito do amor, do bem, da verdade, dos valores. Nela aprende-se ser pessoa.
5. Família “ninho da vida”. A família está a serviço da vida. A vida é concebida, gerada, nascida, desenvolvida, amada, amadurecida na família. Ninho é símbolo de calor humano, do afeto, do cuidado, significa também abrigo e proteção da vida. Na família se desenvolve a “ecologia humana”.
6. Família “berço de vocações”. Na família as vocações e as profissões têm sua origem, motivação, incentivo. A família que cultiva a espiritualidade, participa da comunidade, respeita as vocações, educa para os valores e ensina as limitações, torna-se berço de vocações e de profissões.
7. Família “sacrário da fé”. O sacramento do matrimônio, a educação e vivência da fé fazem da família o sacrário da fé onde os pais transmitem para as novas gerações o tesouro da fé. É preciso falar de Deus aos filhos, ensinar religião e praticar a oração. Tudo isso colabora para a serenidade, motivação e educação dos filhos. A espiritualidade familiar defende nossos lares dos ataques do mal.
8. Família, “igreja doméstica”. É a primeira comunidade religiosa, onde os pais são sacerdotes pelo batismo, são os primeiro catequistas. A família é uma comunidade de vida, de amor e de fé. Nossas casas são também santuários.
9. Família “santuário do amor”. A Palavra de Deus ensina que “não é bom o homem estar só” (Gn 2,18). O fundamento da família é a união entre um homem e uma mulher, no sacramento do matrimonio, para o bem deles mesmos, dos filhos e da sociedade. Como aliança de amor, comunidade de amor a família é a realização das pessoas no amor em distintas experiências: amor conjugal, amor filial, amor fraternal, amor familiar, amor social.
10. Família “escola de valores”, a função educativa, cultural, ética da família tem singular importância. Ela é o primeiro lugar de humanização, célula vital da sociedade, educadora de valores e de limites, promotora das virtudes. Os pais são mestres. Os filhos aprendem imitando. O bem da pessoa e o bom funcionamento da sociedade estão conexos com o bem-estar conjugal e familiar.
11. Família “célula da sociedade”. É a primeira comunidade, portanto, existe antes da sociedade e do Estado e tem direitos próprios e inalienáveis. A sociedade e o Estado estão para a família, ela é a célula do organismo social. Cabe ao Estado defender e proteger a família com políticas públicas efetivas.
1. Família, nossa “primeira pátria”. É nosso primeiro chão, nossa identidade original, nossa casa. Nela somos gerados, cuidados, educados como cidadãos e dela recebemos as condições para a convivência pública e as virtudes sociais. Sem a família, primeira pátria, não teremos a segunda pátria, a comunidade nacional, o povo, a nação. A família é a primeira sociedade natural. Está no centro da vida social.
2. Família, nosso “segundo útero”. Entendemos por segundo útero, a educação, cultura, valores que recebemos na família. Ela é o útero cultural, educacional, espiritual, religioso, ali nascemos para a convivência humana e recebemos as condições para sermos pessoas centradas, civilizadas, humanizadas, amadurecidas.
3. Família, “patrimônio da humanidade”. Todos os povos têm a família como instituição, organização e patrimônio social. È a mais antiga instituição social com a função procriativa, econômica, educativa e afetiva. Pela alteridade, reciprocidade e complementariedade a família é o primeiro lugar de nossa convivência humana. É a primeira sociedade natural, uma comunidade natural, um patrimônio da humanidade.
4. Família, “tesouro dos povos”. É a maior riqueza da pessoa e da sociedade, porque gera a vida, facilita o relacionamento, é escola de “comunhão com os outros e de doação aos outros”. Nela recebemos as primeiras noções a respeito do amor, do bem, da verdade, dos valores. Nela aprende-se ser pessoa.
5. Família “ninho da vida”. A família está a serviço da vida. A vida é concebida, gerada, nascida, desenvolvida, amada, amadurecida na família. Ninho é símbolo de calor humano, do afeto, do cuidado, significa também abrigo e proteção da vida. Na família se desenvolve a “ecologia humana”.
6. Família “berço de vocações”. Na família as vocações e as profissões têm sua origem, motivação, incentivo. A família que cultiva a espiritualidade, participa da comunidade, respeita as vocações, educa para os valores e ensina as limitações, torna-se berço de vocações e de profissões.
7. Família “sacrário da fé”. O sacramento do matrimônio, a educação e vivência da fé fazem da família o sacrário da fé onde os pais transmitem para as novas gerações o tesouro da fé. É preciso falar de Deus aos filhos, ensinar religião e praticar a oração. Tudo isso colabora para a serenidade, motivação e educação dos filhos. A espiritualidade familiar defende nossos lares dos ataques do mal.
8. Família, “igreja doméstica”. É a primeira comunidade religiosa, onde os pais são sacerdotes pelo batismo, são os primeiro catequistas. A família é uma comunidade de vida, de amor e de fé. Nossas casas são também santuários.
9. Família “santuário do amor”. A Palavra de Deus ensina que “não é bom o homem estar só” (Gn 2,18). O fundamento da família é a união entre um homem e uma mulher, no sacramento do matrimonio, para o bem deles mesmos, dos filhos e da sociedade. Como aliança de amor, comunidade de amor a família é a realização das pessoas no amor em distintas experiências: amor conjugal, amor filial, amor fraternal, amor familiar, amor social.
10. Família “escola de valores”, a função educativa, cultural, ética da família tem singular importância. Ela é o primeiro lugar de humanização, célula vital da sociedade, educadora de valores e de limites, promotora das virtudes. Os pais são mestres. Os filhos aprendem imitando. O bem da pessoa e o bom funcionamento da sociedade estão conexos com o bem-estar conjugal e familiar.
11. Família “célula da sociedade”. É a primeira comunidade, portanto, existe antes da sociedade e do Estado e tem direitos próprios e inalienáveis. A sociedade e o Estado estão para a família, ela é a célula do organismo social. Cabe ao Estado defender e proteger a família com políticas públicas efetivas.
Espalhar DEUS através da música
A música sempre foi muito mais que uma simples tendência, ela é algo que faz parte de nossa vida, e da historia da humanidade. Desde que o ser o humano se entende por gente é assim. Não existe uma pessoa que não goste de curtir um belo som, afinal de contas a música penetra em nossa alma nos dando várias emoções, e isso é maravilhoso! Não precisamos ir muito longe! Aqui mesmo no nosso País, temos uma diversidade de ritmos que quase não dá pra se contar. Essa bela arte está em todos os lugares. Na padaria, no supermercado, no shopping, na TV, e principalmente no rádio! A música é a trilha sonora de nossas vidas.
Ela tem realmente o poder de influenciar, de encantar, de trazer lembranças boas ou ruins, e por fim, de mudar nosso comportamento em todos os sentidos. É ai que mora o perigo!
Aristóteles disse que "a música tem poder de formar caráter". Satanás está usando a música para fazer isso em nossos dias. As letras das canções de rock das décadas de 60 e 70 forjam os valores dos americanos que hoje estão com 40, 50 ou 60 anos. A MTV molda os valores da maioria dos adolescentes. A principal comunicação de valores para as novas gerações. Se não usarmos a música contemporânea para espalhar os valores divinos, satanás terá acesso ilimitado a uma geração inteira. A força da música não pode ser ignorada.
A igreja também precisam admitir que não existe um estilo de música "Sagrado". O que faz a música sagrada é a mensagem. A música não é nada mais que um arranjo de notas e ritmos. São as palavras que fazem a música espiritual. Não existe música cristã, e sim letras cristãs. Se você ouve uma música sem palavras, não saberá se é cristã ou não. Vira e mexe ouvimos pessoas dizendo: "Precisamos voltar às nossas raízes musicais". Fico me perguntando quanto tempo iremos retroceder? Quer voltar ao canto gregoriano? Ou está pensando nos hinos de Jerusalém? Por isso devemos nos abrir para o novo de Deus, e não ficar colocando barreiras para que as coisas fiquem cada vez mais difíceis de realizar, e consequentemente de trazer mais pessoas para Cristo.
Ela tem realmente o poder de influenciar, de encantar, de trazer lembranças boas ou ruins, e por fim, de mudar nosso comportamento em todos os sentidos. É ai que mora o perigo!
Aristóteles disse que "a música tem poder de formar caráter". Satanás está usando a música para fazer isso em nossos dias. As letras das canções de rock das décadas de 60 e 70 forjam os valores dos americanos que hoje estão com 40, 50 ou 60 anos. A MTV molda os valores da maioria dos adolescentes. A principal comunicação de valores para as novas gerações. Se não usarmos a música contemporânea para espalhar os valores divinos, satanás terá acesso ilimitado a uma geração inteira. A força da música não pode ser ignorada.
A igreja também precisam admitir que não existe um estilo de música "Sagrado". O que faz a música sagrada é a mensagem. A música não é nada mais que um arranjo de notas e ritmos. São as palavras que fazem a música espiritual. Não existe música cristã, e sim letras cristãs. Se você ouve uma música sem palavras, não saberá se é cristã ou não. Vira e mexe ouvimos pessoas dizendo: "Precisamos voltar às nossas raízes musicais". Fico me perguntando quanto tempo iremos retroceder? Quer voltar ao canto gregoriano? Ou está pensando nos hinos de Jerusalém? Por isso devemos nos abrir para o novo de Deus, e não ficar colocando barreiras para que as coisas fiquem cada vez mais difíceis de realizar, e consequentemente de trazer mais pessoas para Cristo.
Jesus escolhes os seus.
Toda escolha de Deus traz uma graça. Na passagem de São João1, 44-47ss, na Sagrada Escritura, vemos o caso interessantíssimo de Natanael, cuja resposta soa grosseira aos nossos ouvidos, mas que recebe de Jesus um elogio como resposta. Foi olhando para os segredos do coração desse homem [Natanael] que Cristo diz: "Vem e segue-me!". O Senhor não escolheu os melhores. Ele não veio para os justos, mas para os pecadores, pois estes precisam do Reino de Deus.
Jesus Cristo escolhe os pecadores quando ninguém queria contato com eles. O Senhor convida pescadores, pobres, mulheres, marginalizados para segui-Lo como Seus discípulos. Naquela época, os discípulos escolhiam o mestre a quem queriam seguir, mas com Jesus foi diferente, pois Ele mesmo foi buscá-los [Seus discípulos].
São Paulo sabia da fraqueza que tinha e por isso diz: "Três vezes roguei ao Senhor que o apartasse de mim. Mas Ele me disse: Basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força" (cf. II Coríntios 12, 8-9a).
Quando o Ressuscitado conquista seu coração e cultiva em você o desejo de segui-Lo, dá-lhe capacidade para fazê-lo. Muitas vezes, nós caímos na tentação de pensar que o Senhor poderia pedir a outro o que está pedindo a nós. Talvez você seja o mais fraco de sua família e nem tenha ideia do que fazer para mudar a realidade de seu lar, mas foi você o escolhido para a realização daquela tarefa, naquele momento.
Não tenha medo dos "seus gigantes", pois Deus escolheu você para que seja luz entre os homens. Compreendendo isso, agora quando você olhar para a "montanha" de suas dificuldades poderá dizer: “Glória a Deus, é na fraqueza que sou forte!”. O Altíssimo está ao seu lado na luta!
Você quer ou não ser uma "janela aberta" em sua casa, para que a luz de Deus entre? Não tema, pois o Senhor lhe dará a graça necessária. Você não sofre sozinho, o Senhor o orienta e está ao seu lado!
Santo Agostinho foi muito perspicaz, ele queria seguir Jesus, mas sabia que era fraco e que a tentação o vencia constantemente. Um dia, percebeu que não era com suas forças nem com sua astúcia que venceria os problemas. A partir daquele momento, ele mudou sua oração, passando a dizer: "Senhor, dá-me o que me mandas, mas manda-me o queiras de mim".
Temos um jardim secreto em nosso coração, no qual só entra quem nós permitimos e dentro dele há um lugar mais secreto ainda, no qual só Deus consegue adentrar. Esses locais são os “sagrados” de nosso coração.
Não sei o que Natanael, que foi chamado de “Bartolomeu”, fez sob aquela figueira, não sei o que você também guarda em seu coração, mas Deus sabe. Da mesma forma que o Senhor não condenou esse apóstolo, mas o amou, Ele também faz com você.
É preciso ser sincero com o Todo-poderoso, ou seja, "sem máscaras". Deus é o único com o qual você pode ser quem realmente é, pois Ele nunca vai condená-lo. Diante d'Ele não tenha medo de arrancar as máscaras, independentemente do que você viveu no passado. O que Jesus disse a Natanel, Ele está hoje dizendo a você também.
Existe uma passagem que me ajuda muito e pode ajudá-lo também: "Meu filho, se entrares para o serviço de Deus, permanece firme na justiça e no temor, e prepara a tua alma para a provação" (cf. Eclesiástico 2,1) Todos nós, que somos do Senhor, sofremos provações, somos humilhados e traídos, mas não desistimos, pois somos d'Ele. Por isso, em todas situações de nossa vida precisamos nos dobrar diante de Deus.
Jesus Cristo escolhe os pecadores quando ninguém queria contato com eles. O Senhor convida pescadores, pobres, mulheres, marginalizados para segui-Lo como Seus discípulos. Naquela época, os discípulos escolhiam o mestre a quem queriam seguir, mas com Jesus foi diferente, pois Ele mesmo foi buscá-los [Seus discípulos].
São Paulo sabia da fraqueza que tinha e por isso diz: "Três vezes roguei ao Senhor que o apartasse de mim. Mas Ele me disse: Basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força" (cf. II Coríntios 12, 8-9a).
Quando o Ressuscitado conquista seu coração e cultiva em você o desejo de segui-Lo, dá-lhe capacidade para fazê-lo. Muitas vezes, nós caímos na tentação de pensar que o Senhor poderia pedir a outro o que está pedindo a nós. Talvez você seja o mais fraco de sua família e nem tenha ideia do que fazer para mudar a realidade de seu lar, mas foi você o escolhido para a realização daquela tarefa, naquele momento.
Não tenha medo dos "seus gigantes", pois Deus escolheu você para que seja luz entre os homens. Compreendendo isso, agora quando você olhar para a "montanha" de suas dificuldades poderá dizer: “Glória a Deus, é na fraqueza que sou forte!”. O Altíssimo está ao seu lado na luta!
Você quer ou não ser uma "janela aberta" em sua casa, para que a luz de Deus entre? Não tema, pois o Senhor lhe dará a graça necessária. Você não sofre sozinho, o Senhor o orienta e está ao seu lado!
Santo Agostinho foi muito perspicaz, ele queria seguir Jesus, mas sabia que era fraco e que a tentação o vencia constantemente. Um dia, percebeu que não era com suas forças nem com sua astúcia que venceria os problemas. A partir daquele momento, ele mudou sua oração, passando a dizer: "Senhor, dá-me o que me mandas, mas manda-me o queiras de mim".
Temos um jardim secreto em nosso coração, no qual só entra quem nós permitimos e dentro dele há um lugar mais secreto ainda, no qual só Deus consegue adentrar. Esses locais são os “sagrados” de nosso coração.
Não sei o que Natanael, que foi chamado de “Bartolomeu”, fez sob aquela figueira, não sei o que você também guarda em seu coração, mas Deus sabe. Da mesma forma que o Senhor não condenou esse apóstolo, mas o amou, Ele também faz com você.
É preciso ser sincero com o Todo-poderoso, ou seja, "sem máscaras". Deus é o único com o qual você pode ser quem realmente é, pois Ele nunca vai condená-lo. Diante d'Ele não tenha medo de arrancar as máscaras, independentemente do que você viveu no passado. O que Jesus disse a Natanel, Ele está hoje dizendo a você também.
Existe uma passagem que me ajuda muito e pode ajudá-lo também: "Meu filho, se entrares para o serviço de Deus, permanece firme na justiça e no temor, e prepara a tua alma para a provação" (cf. Eclesiástico 2,1) Todos nós, que somos do Senhor, sofremos provações, somos humilhados e traídos, mas não desistimos, pois somos d'Ele. Por isso, em todas situações de nossa vida precisamos nos dobrar diante de Deus.
A figueira na vinha
Um movimento, um organismo eclesial, será tanto mais fértil, frutuoso e fecundo na vida da Igreja quanto mais próximo ele permanecer de seu carisma original, de sua identidade.
A identidade de um seguimento, de um movimento, de uma graça, de uma nova expressão eclesial deve revelar em sua constituição aqueles (ou aquele!) elementos que traduzem a sua originalidade – a sua razão de ser.
Não se trata, obviamente, de uma originalidade absoluta, mas, antes, de uma novidade relativa, que visa colocar em relevo algum aspecto da graça da salvação que Deus esteja querendo acentuar em determinado momento da história. A isso se deve a eleição, a vocação específica, o chamado propriamente dito para se colocar em marcha algum Seu propósito.
A identidade do neo-pentecostalismo católico – ou da renovação carismática –, não se fundamenta primordialmente em uma espiritualidade de feições renovadas, ou em uma reflexão teológico-pastoral de tinturas que a aproximam do pentecostalismo protestante, ou ainda nas premissas de um “movimento” de carismas, de oração, ou de novas comunidades...
A renovação carismática (nome discutível!) que vem emergindo no seio da Igreja Católica há 4 décadas – e é bom que se diga, que começou sem nenhum planejamento humano – haure toda a sua identidade, toda a sua razão de ser, de uma experiência. Uma experiência não apenas religiosa, mas de Deus. E uma experiência cristã de Deus... Uma experiência de sentido!
Na centralidade da experiência cristã que a Renovação Carismática Católica faz de Deus encontra-se aquilo que se identifica essencialmente com o que a Bíblia descreve como sendo as conseqüências manifestadas na vida daqueles que foram batizados no Espírito Santo. Pois “se trata de uma experiência que muda a vida das pessoas”, afirmava Karl Rhaner...
A essa mudança na qualidade de vida das pessoas em conseqüência de uma nova experiência de fé é que se convencionou chamar nos últimos tempos de batismo no Espírito. (que, assim, de forma substantivada, não aparece na Sagrada Escritura). Mas que pode também ser chamada – essa experiência – de ser cheio do Espírito Santo, nova vinda do Espírito Santo (no sentido tomasiano, para quem já o recebeu antes), derramamento do Espírito ser mergulhado (“batizado”) no Espírito Santo –, entre outras expressões...
Conquanto valorize a presença dos carismas em seus serviços (ministérios), o exercício deles para a edificação da Igreja, o empenho pelo estabelecimento de uma cultura de Pentecostes, e a prática da espiritualidade de Pentecostes (que é universal, e pode estar a serviço de todas as outras espiritualidades), a Renovação Carismática Católica não pode – por mais nobre e ortodoxo que possa parecer – fundamentar sua práxis a partir do que quer que seja que não leve em conta, primordialmente – e de maneira muito explícita e bem cultivada – a experiência da efusão do Espírito, (que, aliás, precisa ser permanente, cf. CIC 667). Pois, para muitos cristãos, o fato de terem o Espírito (batizados que foram) não faz de suas vidas uma vida no Espírito. Isto é, não estão cheios do Espírito Santo. Mas todos os cristãos são convidados a entrar nessa dinâmica de encher-se progressivamente dele (cf. Ef 5,18). E a vida (como a dos apóstolos e a de tantos na história do cristianismo), muda...
A vida daquela figueira na vinha (Lc 13,6-9) será sempre muito apreciada se ela produzir cada vez mais – e melhores – figos! Caso ela passe a produzir uvas, será muito estranho aos olhos de Deus (que não a plantou ali para “fazer o que todo mundo já faz...”). Mas também se ela insistir em não produzir nada, poderá ouvir do Senhor: “Jamais nasça fruto de ti!” (cf. Mt 21,18-20)... Ou seja, não basta termos recebido de Deus a capacidade de produzirmos frutos... É preciso que efetivamente os produzamos...
Evangelizar é obra de todo e cada operário na vinha do Senhor. Mas cada um deve fazê-lo segundo o dom, o carisma recebido, segundo a identidade que lhe é própria. Há, sim, muita coisa em comum, a ser vivenciada por todos. Mas há uma tarefa específica para a qual o Senhor nos vocaciona, que, ainda que não deva ser entendida como um monopólio, deve ser abraçada como ofício próprio, como graça profética genuína a ser colocada a serviço de toda a comunidade, de toda a Igreja...
A identidade de um seguimento, de um movimento, de uma graça, de uma nova expressão eclesial deve revelar em sua constituição aqueles (ou aquele!) elementos que traduzem a sua originalidade – a sua razão de ser.
Não se trata, obviamente, de uma originalidade absoluta, mas, antes, de uma novidade relativa, que visa colocar em relevo algum aspecto da graça da salvação que Deus esteja querendo acentuar em determinado momento da história. A isso se deve a eleição, a vocação específica, o chamado propriamente dito para se colocar em marcha algum Seu propósito.
A identidade do neo-pentecostalismo católico – ou da renovação carismática –, não se fundamenta primordialmente em uma espiritualidade de feições renovadas, ou em uma reflexão teológico-pastoral de tinturas que a aproximam do pentecostalismo protestante, ou ainda nas premissas de um “movimento” de carismas, de oração, ou de novas comunidades...
A renovação carismática (nome discutível!) que vem emergindo no seio da Igreja Católica há 4 décadas – e é bom que se diga, que começou sem nenhum planejamento humano – haure toda a sua identidade, toda a sua razão de ser, de uma experiência. Uma experiência não apenas religiosa, mas de Deus. E uma experiência cristã de Deus... Uma experiência de sentido!
Na centralidade da experiência cristã que a Renovação Carismática Católica faz de Deus encontra-se aquilo que se identifica essencialmente com o que a Bíblia descreve como sendo as conseqüências manifestadas na vida daqueles que foram batizados no Espírito Santo. Pois “se trata de uma experiência que muda a vida das pessoas”, afirmava Karl Rhaner...
A essa mudança na qualidade de vida das pessoas em conseqüência de uma nova experiência de fé é que se convencionou chamar nos últimos tempos de batismo no Espírito. (que, assim, de forma substantivada, não aparece na Sagrada Escritura). Mas que pode também ser chamada – essa experiência – de ser cheio do Espírito Santo, nova vinda do Espírito Santo (no sentido tomasiano, para quem já o recebeu antes), derramamento do Espírito ser mergulhado (“batizado”) no Espírito Santo –, entre outras expressões...
Conquanto valorize a presença dos carismas em seus serviços (ministérios), o exercício deles para a edificação da Igreja, o empenho pelo estabelecimento de uma cultura de Pentecostes, e a prática da espiritualidade de Pentecostes (que é universal, e pode estar a serviço de todas as outras espiritualidades), a Renovação Carismática Católica não pode – por mais nobre e ortodoxo que possa parecer – fundamentar sua práxis a partir do que quer que seja que não leve em conta, primordialmente – e de maneira muito explícita e bem cultivada – a experiência da efusão do Espírito, (que, aliás, precisa ser permanente, cf. CIC 667). Pois, para muitos cristãos, o fato de terem o Espírito (batizados que foram) não faz de suas vidas uma vida no Espírito. Isto é, não estão cheios do Espírito Santo. Mas todos os cristãos são convidados a entrar nessa dinâmica de encher-se progressivamente dele (cf. Ef 5,18). E a vida (como a dos apóstolos e a de tantos na história do cristianismo), muda...
A vida daquela figueira na vinha (Lc 13,6-9) será sempre muito apreciada se ela produzir cada vez mais – e melhores – figos! Caso ela passe a produzir uvas, será muito estranho aos olhos de Deus (que não a plantou ali para “fazer o que todo mundo já faz...”). Mas também se ela insistir em não produzir nada, poderá ouvir do Senhor: “Jamais nasça fruto de ti!” (cf. Mt 21,18-20)... Ou seja, não basta termos recebido de Deus a capacidade de produzirmos frutos... É preciso que efetivamente os produzamos...
Evangelizar é obra de todo e cada operário na vinha do Senhor. Mas cada um deve fazê-lo segundo o dom, o carisma recebido, segundo a identidade que lhe é própria. Há, sim, muita coisa em comum, a ser vivenciada por todos. Mas há uma tarefa específica para a qual o Senhor nos vocaciona, que, ainda que não deva ser entendida como um monopólio, deve ser abraçada como ofício próprio, como graça profética genuína a ser colocada a serviço de toda a comunidade, de toda a Igreja...
Quer ser santo? Assuma que você é fraco!
É uma riqueza insondável este texto de São Paulo: II Coríntios 12,1-10. O apóstolo nos fala que, para seu espírito não se encher de orgulho e vaidade, foi lhe colocado um "espinho na carne".
Não é possível falar de crescimento humano se antes não falarmos de reconhecimento dos nossos limites. O bom treinador é aquele que vai saber salientar a qualidade do atleta, mas, sobretudo, vai saber encaminhá-lo para a superação dos limites. O primeiro passo é reconhecer em que nós precisamos melhorar. Contudo, esse é um grande desafio para todos nós, porque, lamentavelmente, as pessoas não estão preparadas para nos educar para a coragem. Sabe por quê? Porque muitas vezes os incentivos que nos são dados estão mais voltados para esquecermos as nossas fragilidades. Quando mostramos as nossas fraquezas há uma série de repreensões diante de nós.Você já reparou que nós não deixamos a criança chorar? Já reparou que quando o recém-nascido chora, nós fazemos de tudo para calar a boca dele? Fazemos uma série de "caras feias" para ver se calamos a criança, para tentar espantar a fragilidade.Nós, humanos, temos uma dificuldade imensa de lidar com a fragilidade do outro – ainda que seja filho da gente. Nós gostamos é de todo o mundo feliz! Não estamos preparados para encarar a fragilidade. Parece que a nossa educação está sempre voltada para nos revestir de uma coragem que nos faça esquecer nossos limites.Ter coragem é descobrir onde está a nossa fragilidade e ali trabalhar com um empenho um pouquinho maior. É não desconsiderar o que temos de bom, mas é também colocar atenção naquilo em que ainda temos de melhorar. Estamos em processo de feitura. Não estamos prontos, não somos perfeitos, estamos por ser feitos, estamos sendo feitos aos poucos. E no processo de ser feito aos poucos nós vamos descobrindo onde é que dói “esse espinho” de que fala o apóstolo dos gentios. Esse espinho muda de lugar. Quanto mais uma pessoa está aperfeiçoada no processo de ser gente, tanto maior é a facilidade de conhecer limites.Para você retirar um espinho, às vezes, é preciso deixar inflamar. É como se o seu corpo dissesse: “Isso não me pertence”. De qualquer jeito, nós temos de tirar aquilo que não nos pertence. Existem algumas inflamações do espírito, da personalidade, porque há pessoas que são tão aborrecidas que a gente não pode nem encostar nelas. São aquelas inflamações que se alastram.E aí é que entra a grande contribuição do Cristianismo, numa proposta antropológica. Porque Deus não quer que você seja um “anjinho” na terra, mas que você deixe de ser “inflamado”! Ele quer lhe mostrar as inflamações para que você lute contra elas.Cara feia, arrogância, tudo isso é complexo de inferioridade. Sabe qual é o “espinho”? O medo, a insegurança.Você já fez a experiência de viver uma palavra que fizesse com que saísse tudo o que estava estragado em seu interior? Língua afiada quer dizer: deixar toda a inflamação que está dentro de nós vir para fora. Ter condições de deixar “vazar” aquilo que antes desconhecíamos é admitir e reconhecer que somos frágeis. A pior ignorância é aquela que finge que sabe! Temos medo de mostrar que não aprendemos, que somos frágeis. Quantas vezes na nossa vida, por medo, perdemos a oportunidade de aprender.Muitas vezes, por medo de expor a nossa fragilidade, – porque parece que o mundo de hoje se esqueceu de mostrar a cultura do esforço que se fez para chegar aonde chegamos –, perdemos o direito de chorar. E por diversas vezes choramos e não sabemos por que estamos chorando.O ensinamento de Jesus é sempre o avesso do avesso. Quer ser santo? Assuma que você é fraco. Muitas vezes, neste processo de se conhecer, nós sangramos. E nós precisamos sangrar. Um dos maiores poetas da música diz isso.Quantas vezes você não se viu traduzido em uma canção de alguém que teve a coragem de sangrar, porque não teve medo de mostrar as próprias fragilidades?Nós somos todos iguais. Nós músicos somos todos iguais. Não adianta fingirmos que somos fortes ou ficar fingindo que não sentimos nada e que não temos medo. Eu não sei se existem mais de cinco pessoas que conhecem os seus segredos. Para quantas pessoas você teve coragem de sangrar? Pessoas que o enxergam por dentro são raras.Conversão é isso. É você educar o seu filho para que ele possa lhe contar onde estão os “espinhos”. O espinho não é o defeito, mas é a seta que nos mostra onde temos de trabalhar para que sejamos melhores.A vida vai perdendo a graça porque não nos deixamos sangrar. A gente sangra melhor nos momentos de intimidade, nos quais a gente tem coragem de tirar a couraça. É muito melhor admitir que temos medo. Para as pessoas é sempre doloroso ter de tirar os “espinhos” e ver vazarem as inflamações.Há tantas situações que nos deixam com o “coração na boca”. Muitas vezes, nós colocamos muito mais atenção naquilo que as pessoas acham de nós, do que no que nós pensamos de nós mesmos.Examine-se, você é uma pessoa que consegue levar o outro à cura. Em última instância, o que vai sobrar de nós é a nossa vontade de amar. Vamos descobrir o que hoje em nós está "infeccionado", porque é preciso sangrar, é preciso reconhecer-se frágil.
A pessoa do servo
“Na cultura grega, o servo, o escravo, é chamado de “aprosopos” que significa “sem face, sem rosto”. O escravo é um homem que não tem identidade, que não tem rosto. Esta é a cultura do passado. Jesus se abaixa, se faz servo. Observem que esse é um fato que chocou a vida dos discípulos. Deus serve ao homem, mas serve também aquele que se opõe, porque Jesus lava também os pés de Judas. E Jesus sabia que Judas o trairia. Pensem nesse amor de Jesus até mesmo em relação ao inimigo. Se isso é verdade, devemos tirar essa conclusão: servir é uma ação divina. Não é mandar, não é o impor-se, não é querer ser o primeiro. Mas o que vale na vida da Igreja é fazer-se pequeno, simples, humilde, pobre. Essa é a chave da vida da Igreja, a chave do mistério de Cristo, a chave do nosso mistério. Benditos aqueles que compreenderem isso. Se quisermos hoje operar no mundo, nós precisamos nos fazer servos do homem. Mesmo se nós utilizamos meios poderosos, nós somos servos da Igreja, servos do homem. Então, vejam aqui um Jesus que se faz próximo na realidade mais humilde, mais simples. Ele é próximo como o Bom Samaritano que ajuda aquele pobrezinho. Repito, ver esse Deus de joelhos aos pés do homem, diante de cada um de nós, esse é o Ágape, esse é o Amor, esse é Cristo. Se nós somos cristãos, devemos chegar a isso. Do contrário não podemos ser fermento no meio dos nossos irmãos. Se quisermos verdadeiramente dar a vida a Jesus Cristo para servir nossos irmãos, nós temos que ter essa realidade profunda. Servir, servir por Amor, servir amando. É no Amor que nós evangelizamos. Nós podemos ter todos os instrumentos, os meios, para levar o evangelho, mas se nós não temos o coração no evangelho, com a vida transmitirmos o evangelho, nós faliremos. Essa é a chave da vida da Igreja, da vida de cada um de nós”.
Dom de Ciência
“Pois a luz da ciência que eu derramo sobre todos é como a luz da manhã, e de longe eu a torno conhecida”. (Ecl 24,44)A palavra de Ciência, a palavra de conhecimento das coisas, das coisas da vida, das realidades são dons de Deus. Palavra de Ciência, ou palavra de conhecimento, dom de revelação, são a mesma coisa.
Nós precisamos aprender a verdade.
E a revelação da verdade dada por Deus, se chama DOM DE CIÊNCIA.
Deus dá seu conhecimento para nós, através do Espírito Santo.O que é o dom de Ciência?
É a graça que Deus nos concede, para que possamos ver as coisas como Deus vê. Precisamos estar abertos ao conhecimento de Deus.
Deixemos que Deus nos mostre o Seu diagnóstico, sobre os problemas que nos envolvem.
Se pedimos o dom de ciência, se temos abertura ao dom, a revelação que vier em oração, no nosso coração, é o diagnóstico de Deus.
Precisamos deixar que Deus nos mostre qual o problema, o que nos impede de sermos felizes, o que atrapalha o nosso crescimento espiritual. Precisamos escutar o Senhor, o que Ele tem para nos revelar a respeito das coisas, dos fatos, dos acontecimentos em nossas vidas…
Como é isto?
O Espírito Santo vem em nosso socorro, nos comunicando através de um pensamento, de uma revelação ao nosso coração.
Devemos estar atentos, abertos para que Deus possa nos usar como canal de Sua graça.
Não para proveito próprio, mas, para a comunidade. O dom de ciência é um dom como os demais.
Ele é, uma pequena amostra grátis do mistério de Deus, do conhecimento de Deus, revelado ao homem.O Dom de Ciência se dá em dois aspectos: Deus revelando ao homem Seus mistérios, a Sua bondade, Seu amor.
E também, revelando o mistério do homem, revelando o problema do homem, o que está no homem. Deus, através da palavra de ciência nos revela os Seus mistérios, Sua vontade. Deus concede ao homem, a graça de enxergar as coisas como Ele enxerga, de entender as coisas como Ele entende. Quem tem o dom de Ciência, entende, mais profundamente, as Escrituras Sagradas.
Precisamos desejar o dom de Ciência, para conhecer melhor os mistérios de Deus, Sua palavra, Sua vontade para conosco e para com nossos irmãos.A comunidade que ora unida, que busca, que pede o dom de Ciência, que tem palavra de Ciência é libertada.
Com a oração de uns pelos outros, cada um vai sendo libertado das amarras, dos problemas pessoais, que impedem o crescimento espiritual, que impede o amor uns pelos outros, que impedem de acolher as idéias do grupo…
O Senhor, no poder do Espírito Santo, vai revelando, diagnosticando, curando e a comunidade vai crescendo…O nome de Jesus, o poder do Senhor Jesus, está acima de todas as coisas… Se você teve uma humilhação que lhe causa lembranças dolorosas, imagine Jesus lá, lhe consolando, lhe amparando, lhe abraçando., lhe curando…
É impressionante como acaba tudo, como é poderosa a presença de Jesus. Ele é o Senhor de tudo, busquemos a solução em Jesus!Quando você está orando, e vem em seu pensamento, em seu coração, uma palavrinha, uma frase, uma imagem, de maneira direta ou indireta, fique atento, pois, Deus tem mil maneiras de lhe revelar Seu diagnóstico.
É preciso ficar alerta é preciso buscar sabedoria e discernimento, para que não percamos as maravilhas do amor de Deus que nos foram reveladas através do DOM DE CIÊNCIA.ORAÇÃO: Senhor Jesus, nós lhe pedimos o Dom de Ciência. Dê também, para todos nós, o dom da revelação, o dom do entendimento e de sabedoria, para que possamos diagnosticar as situações, segundo a sua vontade.
Eis-nos aqui, Senhor Jesus, usa-nos.
Obrigado Senhor Jesus. Glórias e louvores ao Senhor!Unge Senhor, o Seu povo, no poder do Seu Espírito. Amém!
Obrigado Senhor.O Senhor dá os Seus dons, a quem os acolhe com fé e alegria. O medo, a dúvida, contrista o Espírito Santo em nós. Jesus vivo, ressuscitado, está presente nos dando Sua graça, Seus dons, Seu poder, Sua Ciência.
Muito obrigado Jesus
Nós precisamos aprender a verdade.
E a revelação da verdade dada por Deus, se chama DOM DE CIÊNCIA.
Deus dá seu conhecimento para nós, através do Espírito Santo.O que é o dom de Ciência?
É a graça que Deus nos concede, para que possamos ver as coisas como Deus vê. Precisamos estar abertos ao conhecimento de Deus.
Deixemos que Deus nos mostre o Seu diagnóstico, sobre os problemas que nos envolvem.
Se pedimos o dom de ciência, se temos abertura ao dom, a revelação que vier em oração, no nosso coração, é o diagnóstico de Deus.
Precisamos deixar que Deus nos mostre qual o problema, o que nos impede de sermos felizes, o que atrapalha o nosso crescimento espiritual. Precisamos escutar o Senhor, o que Ele tem para nos revelar a respeito das coisas, dos fatos, dos acontecimentos em nossas vidas…
Como é isto?
O Espírito Santo vem em nosso socorro, nos comunicando através de um pensamento, de uma revelação ao nosso coração.
Devemos estar atentos, abertos para que Deus possa nos usar como canal de Sua graça.
Não para proveito próprio, mas, para a comunidade. O dom de ciência é um dom como os demais.
Ele é, uma pequena amostra grátis do mistério de Deus, do conhecimento de Deus, revelado ao homem.O Dom de Ciência se dá em dois aspectos: Deus revelando ao homem Seus mistérios, a Sua bondade, Seu amor.
E também, revelando o mistério do homem, revelando o problema do homem, o que está no homem. Deus, através da palavra de ciência nos revela os Seus mistérios, Sua vontade. Deus concede ao homem, a graça de enxergar as coisas como Ele enxerga, de entender as coisas como Ele entende. Quem tem o dom de Ciência, entende, mais profundamente, as Escrituras Sagradas.
Precisamos desejar o dom de Ciência, para conhecer melhor os mistérios de Deus, Sua palavra, Sua vontade para conosco e para com nossos irmãos.A comunidade que ora unida, que busca, que pede o dom de Ciência, que tem palavra de Ciência é libertada.
Com a oração de uns pelos outros, cada um vai sendo libertado das amarras, dos problemas pessoais, que impedem o crescimento espiritual, que impede o amor uns pelos outros, que impedem de acolher as idéias do grupo…
O Senhor, no poder do Espírito Santo, vai revelando, diagnosticando, curando e a comunidade vai crescendo…O nome de Jesus, o poder do Senhor Jesus, está acima de todas as coisas… Se você teve uma humilhação que lhe causa lembranças dolorosas, imagine Jesus lá, lhe consolando, lhe amparando, lhe abraçando., lhe curando…
É impressionante como acaba tudo, como é poderosa a presença de Jesus. Ele é o Senhor de tudo, busquemos a solução em Jesus!Quando você está orando, e vem em seu pensamento, em seu coração, uma palavrinha, uma frase, uma imagem, de maneira direta ou indireta, fique atento, pois, Deus tem mil maneiras de lhe revelar Seu diagnóstico.
É preciso ficar alerta é preciso buscar sabedoria e discernimento, para que não percamos as maravilhas do amor de Deus que nos foram reveladas através do DOM DE CIÊNCIA.ORAÇÃO: Senhor Jesus, nós lhe pedimos o Dom de Ciência. Dê também, para todos nós, o dom da revelação, o dom do entendimento e de sabedoria, para que possamos diagnosticar as situações, segundo a sua vontade.
Eis-nos aqui, Senhor Jesus, usa-nos.
Obrigado Senhor Jesus. Glórias e louvores ao Senhor!Unge Senhor, o Seu povo, no poder do Seu Espírito. Amém!
Obrigado Senhor.O Senhor dá os Seus dons, a quem os acolhe com fé e alegria. O medo, a dúvida, contrista o Espírito Santo em nós. Jesus vivo, ressuscitado, está presente nos dando Sua graça, Seus dons, Seu poder, Sua Ciência.
Muito obrigado Jesus
A música na Bíblia
Como linguagem da comunicação, manifestação dos sentimentos e mais alta expressão da alma, a música é tão antiga quanto a humanidade. Para alguns autores, é anterior a palavra e só pode ser de origem divina. Não há povo, desde a antiguidade, onde se encontram manifestações musicais, uma vez que o próprio homem é um ser musical. Seu instrumento natural é a voz, que produz o som, acompanhada do ritmo de bater as mãos... De modo que o culto pela música sempre acompanhou os povos desde os tempos mais antigos, através do som e do ritmo, os dois elementos fundamentais da música, evoluindo aos poucos para a fabricação de instrumentos e para o canto, uníssono e coral.
O povo de Israel sempre usou o canto e música nas festas e celebrações religiosas. A Bíblia faz centenas de referências à música e ao canto, presentes na vida e caminhada do povo desde sua origem- o Gênesis, que cita Jubal, o primeiro a tocar Kinnôr, espécie de harpa, até seu destino final glorioso narrado no Apocalipse, com o som de trombetas acompanhando o cântico novo dos redimidos pelo Sangue do Cordeiro... Um canto para celebrar a ação salvífica de Deus em sua história; um canto com sinal de instrumento do mistério; um canto para transmitir uma mensagem e solenizar as festas, um canto feito clamor jubiloso ou triste lamento, unido à poesia e à dança, em geral acompanhado de instrumentos diversos.
O Cântico de Moisés e Miriam (Ex 15) é um dos mais antigos e importantes, composto para celebrar a derrota dos egípcios e a intervenção de Deus na libertação do seu povo, quando da passagem do Mar Vermelho, acompanhado por danças e tímpanos. Até hoje faz parte da tradição litúrgica judaica, e os cristãos o entoamos na Vigília Pascal. O Cântico dos Cânticos, atribuído a Salomão, e que, segundo a Bíblia Pastoral, deveria ser traduzido como “ O cântico por excelência” ou “ o mais belo cântico”, é uma coletânea de canções de amor humano e divino, revelando a ternura de Deus pela humanidade, tornando visível em Jesus Cristo. O rei Salomão dava muito destaque à música nas liturgias solenes do Templo de Jerusalém, empregando milhares de músicos, sobretudo nas grandes festas, como a transferência da Arca da Aliança para a cidade de Davi, acompanhada por grandes louvores e aclamações, danças e toques de instrumentos, conforme está descrito em 2Sm 6,5ss; 1Cr 15,16 e em outros textos.
A época de maior desenvolvimento musical aconteceu nos reinados de Salomão e Davi, que apresentado a Saul como músico (1Sm 16,16)- ele próprio cantava, tocava e dançava diante da Arca (2Sm 6)-, organizou os coros levíticos para o serviço litúrgico, conforme 1Cr 23 e 25. Formou-se assim uma tradição musical, quando foram organizados e compilados Salmos, com 150 poemas líricos que formam o coração do Antigo Testamento e são o lado orante da Bíblia. Constituem eles o Salteio, a forma mais ampla, completa e bela da canção litúrgica judaica, abrangendo desde exclamações de alegria e louvor ao pedido de socorro e prece suplicante, em geral acompanhados de instrumentos e dança. O povo judeu cantou sua religião, louvando o Senhor, suplicando sua ajuda, confiando em sua misericórdia, aclamando seu poder, agradecendo seus benefícios.
Os Salmos e Cânticos do Antigo Testamento foram compostos ao longo de milhares de anos, por isso mesmo, não sendo de nenhum tempo, dão certo para todos os tempos e espaços, cabendo em qualquer coração humano, conforme Carlos Mesters. Também Jesus, judeu plenamente, bebeu da fonte dos salmos e cânticos bíblicos, freqüentando a sinagoga e o templo, participando das festas litúrgicas. Na última ceia, cantou com os discípulos os salmos e hinos do rito pascal. Ele próprio se tornou “o cantor admirável dos salmos”, no dizer de Santo Agostinho, e nele os salmos ganharam sentido pleno. Por isso mesmo, o Livro dos Salmos deve ser o grande referencial aos que se dedicam à música e ao canto litúrgico.
O povo de Israel sempre usou o canto e música nas festas e celebrações religiosas. A Bíblia faz centenas de referências à música e ao canto, presentes na vida e caminhada do povo desde sua origem- o Gênesis, que cita Jubal, o primeiro a tocar Kinnôr, espécie de harpa, até seu destino final glorioso narrado no Apocalipse, com o som de trombetas acompanhando o cântico novo dos redimidos pelo Sangue do Cordeiro... Um canto para celebrar a ação salvífica de Deus em sua história; um canto com sinal de instrumento do mistério; um canto para transmitir uma mensagem e solenizar as festas, um canto feito clamor jubiloso ou triste lamento, unido à poesia e à dança, em geral acompanhado de instrumentos diversos.
O Cântico de Moisés e Miriam (Ex 15) é um dos mais antigos e importantes, composto para celebrar a derrota dos egípcios e a intervenção de Deus na libertação do seu povo, quando da passagem do Mar Vermelho, acompanhado por danças e tímpanos. Até hoje faz parte da tradição litúrgica judaica, e os cristãos o entoamos na Vigília Pascal. O Cântico dos Cânticos, atribuído a Salomão, e que, segundo a Bíblia Pastoral, deveria ser traduzido como “ O cântico por excelência” ou “ o mais belo cântico”, é uma coletânea de canções de amor humano e divino, revelando a ternura de Deus pela humanidade, tornando visível em Jesus Cristo. O rei Salomão dava muito destaque à música nas liturgias solenes do Templo de Jerusalém, empregando milhares de músicos, sobretudo nas grandes festas, como a transferência da Arca da Aliança para a cidade de Davi, acompanhada por grandes louvores e aclamações, danças e toques de instrumentos, conforme está descrito em 2Sm 6,5ss; 1Cr 15,16 e em outros textos.
A época de maior desenvolvimento musical aconteceu nos reinados de Salomão e Davi, que apresentado a Saul como músico (1Sm 16,16)- ele próprio cantava, tocava e dançava diante da Arca (2Sm 6)-, organizou os coros levíticos para o serviço litúrgico, conforme 1Cr 23 e 25. Formou-se assim uma tradição musical, quando foram organizados e compilados Salmos, com 150 poemas líricos que formam o coração do Antigo Testamento e são o lado orante da Bíblia. Constituem eles o Salteio, a forma mais ampla, completa e bela da canção litúrgica judaica, abrangendo desde exclamações de alegria e louvor ao pedido de socorro e prece suplicante, em geral acompanhados de instrumentos e dança. O povo judeu cantou sua religião, louvando o Senhor, suplicando sua ajuda, confiando em sua misericórdia, aclamando seu poder, agradecendo seus benefícios.
Os Salmos e Cânticos do Antigo Testamento foram compostos ao longo de milhares de anos, por isso mesmo, não sendo de nenhum tempo, dão certo para todos os tempos e espaços, cabendo em qualquer coração humano, conforme Carlos Mesters. Também Jesus, judeu plenamente, bebeu da fonte dos salmos e cânticos bíblicos, freqüentando a sinagoga e o templo, participando das festas litúrgicas. Na última ceia, cantou com os discípulos os salmos e hinos do rito pascal. Ele próprio se tornou “o cantor admirável dos salmos”, no dizer de Santo Agostinho, e nele os salmos ganharam sentido pleno. Por isso mesmo, o Livro dos Salmos deve ser o grande referencial aos que se dedicam à música e ao canto litúrgico.
Normas para uma boa oração
Há condições básicas para que se faça uma boa oração, quer por parte do conteúdo, quer com relação ao orante. No que tange o conteúdo se requer que se peçam coisas boas para si e para os outros. Solicitam-se graças sobrenaturais, na medida em que possam cooperar na própria santificação e salvação eterna, e também benefícios temporais. Cristo não colocou limites ao ordenar que sempre se rezasse, mas deixou esta diretriz: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo” (Mt 6,33).
Bens necessários para a vida são, por exemplo a saúde, o dinheiro para o próprio sustento e da família, o êxito nos negócios, mas em tudo visando a glória de Deus. O Onisciente Senhor é quem sabe o que é melhor para cada um e nossos pedidos devem se submeter à sua sabedoria infinita. Daí uma total conformidade com Sua vontade santíssima. Não se deve solicitar ao Criador graças segundo os critérios mesquinhos dos gostos pessoais, dos caprichos próprios. Entretanto, quando o Onipotente julga não dever atender algum pedido específico, ainda que plausível, é certo que concederá, contudo, maiores dons do que os que foram relacionados numa visão meramente humana. Uma ótima prece é solicitar a Deus que, com Sua ciência e onipotência, tudo guie, governe e assista nas precisões da alma e do corpo, abençoando as ocupações diárias, os negócios, seja na prosperidade, seja na adversidade, na saúde e na doença, nas provações interiores e exteriores.
Da parte do orante cumpre atenção na oração, isto é, a aplicação da mente naquilo que se fala. À atenção se opõem as distrações, que devem ser pronta e energicamente rechaçadas. Distrações deliberadamente aceitas são uma falta de respeito a Deus. Este dá uma audiência ao fiel e cumpre se tratem com Ele de uma maneira digna os negócios importantes da própria perfeição espiritual e temporal. Nas orações vocais a atenção pode ser verbal, procurando pronunciar devagar as palavras, mas pode ser atenção espiritual ou mística, estando o pensamento elevado para o Ser Supremo. É colocar todo cuidado, todo esforço, toda a mente, todo o coração e forças interiores para fazer com a devida atenção as preces para que não se receba a reprimenda de Jesus: “Este povo somente me honra com os lábios; seu coração, porém, está longe de mim” (Mt 15,8). Uma vez detectada a distração é, calmamente, a repelir, pois Deus sabe que foi uma fraqueza própria do ser humano e não uma ofensa a Ele. Ajuda a atenção na oração a preparação remota e próxima, o recolhimento dos sentidos, da imaginação e demais potências. Deixar de lado as preocupações e negócios externos, mas se colocar com fé na presença de Deus.
A tudo isto se acrescente a humildade. O fiel é mendigo da bondade e misericórdia divinas e deve orar como o publicano e não como o fariseu da parábola que Jesus narrou “O fariseu, em pé, orava no seu interior desta forma: Graças te dou, ó Deus, que não sou como os demais homens: ladrões, injustos e adúlteros; nem como o publicano que está ali. O publicano, porém, mantendo-se à distância, não ousava sequer levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador! “Digo-vos: este voltou para casa justificado, e não o outro. Pois todo o que se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado” (Lc 18, 11-14). A prece deve ser também com confiança: “Aproximemo-nos, pois, confiadamente do trono da graça, a fim de alcançar misericórdia e achar a graça de um auxílio oportuno” (Hb 4,16).
É preciso ainda sinceridade: “O Senhor se aproxima dos que o invocam, daqueles que o invocam com sinceridade” (Sl 144,18). Enfim, é necessária a perseverança recomendada por Jesus diversas vezes, como ao narrar a parábola do Juiz a quem tanto uma viúva insistia para que se lhe fizesse justiça que a acabou atendendo. São Lucas mostrou bem a intenção do Mestre divino: “parábola sobre o dever de eles orarem sempre sem desfalecer” (Lc 18,1 e ss). Quem assim ora, infalivelmente, se salvará.
Bens necessários para a vida são, por exemplo a saúde, o dinheiro para o próprio sustento e da família, o êxito nos negócios, mas em tudo visando a glória de Deus. O Onisciente Senhor é quem sabe o que é melhor para cada um e nossos pedidos devem se submeter à sua sabedoria infinita. Daí uma total conformidade com Sua vontade santíssima. Não se deve solicitar ao Criador graças segundo os critérios mesquinhos dos gostos pessoais, dos caprichos próprios. Entretanto, quando o Onipotente julga não dever atender algum pedido específico, ainda que plausível, é certo que concederá, contudo, maiores dons do que os que foram relacionados numa visão meramente humana. Uma ótima prece é solicitar a Deus que, com Sua ciência e onipotência, tudo guie, governe e assista nas precisões da alma e do corpo, abençoando as ocupações diárias, os negócios, seja na prosperidade, seja na adversidade, na saúde e na doença, nas provações interiores e exteriores.
Da parte do orante cumpre atenção na oração, isto é, a aplicação da mente naquilo que se fala. À atenção se opõem as distrações, que devem ser pronta e energicamente rechaçadas. Distrações deliberadamente aceitas são uma falta de respeito a Deus. Este dá uma audiência ao fiel e cumpre se tratem com Ele de uma maneira digna os negócios importantes da própria perfeição espiritual e temporal. Nas orações vocais a atenção pode ser verbal, procurando pronunciar devagar as palavras, mas pode ser atenção espiritual ou mística, estando o pensamento elevado para o Ser Supremo. É colocar todo cuidado, todo esforço, toda a mente, todo o coração e forças interiores para fazer com a devida atenção as preces para que não se receba a reprimenda de Jesus: “Este povo somente me honra com os lábios; seu coração, porém, está longe de mim” (Mt 15,8). Uma vez detectada a distração é, calmamente, a repelir, pois Deus sabe que foi uma fraqueza própria do ser humano e não uma ofensa a Ele. Ajuda a atenção na oração a preparação remota e próxima, o recolhimento dos sentidos, da imaginação e demais potências. Deixar de lado as preocupações e negócios externos, mas se colocar com fé na presença de Deus.
A tudo isto se acrescente a humildade. O fiel é mendigo da bondade e misericórdia divinas e deve orar como o publicano e não como o fariseu da parábola que Jesus narrou “O fariseu, em pé, orava no seu interior desta forma: Graças te dou, ó Deus, que não sou como os demais homens: ladrões, injustos e adúlteros; nem como o publicano que está ali. O publicano, porém, mantendo-se à distância, não ousava sequer levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador! “Digo-vos: este voltou para casa justificado, e não o outro. Pois todo o que se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado” (Lc 18, 11-14). A prece deve ser também com confiança: “Aproximemo-nos, pois, confiadamente do trono da graça, a fim de alcançar misericórdia e achar a graça de um auxílio oportuno” (Hb 4,16).
É preciso ainda sinceridade: “O Senhor se aproxima dos que o invocam, daqueles que o invocam com sinceridade” (Sl 144,18). Enfim, é necessária a perseverança recomendada por Jesus diversas vezes, como ao narrar a parábola do Juiz a quem tanto uma viúva insistia para que se lhe fizesse justiça que a acabou atendendo. São Lucas mostrou bem a intenção do Mestre divino: “parábola sobre o dever de eles orarem sempre sem desfalecer” (Lc 18,1 e ss). Quem assim ora, infalivelmente, se salvará.
Formação de Pregadores
“FORMAR COM SIMPLICIDADE, SEM RENUNCIAR A CIÊNCIA, APLICANDO AS TÉCNICAS, SEM EXTINGUIR A UNÇÃO”.
Os objetivos do pregador:
1. Ser simples de coração para pregar;
2. Não renunciar a ciência (deixa-nos claro que devemos estudar, pesquisar, atentar às coisas que estão acontecendo);
3. Aplicar as técnicas (maneiras adequadas para pregar de cada um);.
4. Sem extinguir a unção (sem a unção do Espírito Santo seremos apenas apresentadores de noticiários).
O ministério de pregação tem a responsabilidade de promover a fé no coração dos ouvintes, principalmente dos Grupos de Oração (Rm. 10,17), porém, o Senhor nosso Deus não busca grandes pensadores, oradores especialistas, letrados e muitos outros de grandes escalões para esse trabalho, e sim pessoas simples como você e eu para juntos termos como meta que o “Evangelho chegue até os confins da terra” (Is. 49,6).
Por isso não se esbarre nas suas limitações, siga o exemplo de São Paulo (1ª Cor. 2,4), onde ele mesmo descreve a fragilidade de sua eloqüência, mas também afirma que a sua pregação não provém de erros (1ª Tes. 2,3), deixando claro para nós que quem deseja ser a voz de Deus deve estar bem informado e em constante sintonia com o Espírito Santo.
Nem sempre temos o conforto de levar a Palavra adiante sem problemas, não somos isentos das provações, bons pregadores sempre vivem grandes dificuldades, provações difíceis de suportar, chegando em muitos casos nos limites de suas forças. Nunca podemos esquecer que o Senhor permitirá que nos lancem no fogo, mas sem dúvida que Ele desce conosco até lá (Dn. 3,49), dando a nós os descansos necessários para retomarmos as forças e permanecer no caminho. É nosso dever como anunciadores do Reino, levar a Palavra do Senhor a sério e não fazer nada com desleixo ou espírito de vanglória (Filip. 2,3), para não permitirmos que as pedras proclamem a Boa Nova do Reino em nosso lugar (Lc, 19,40).
Deus abençoe a todos.
Como Evangelizar? De onde começar?
Quais as oportunidades que temos para evangelizar?Quantas oportunidades Deus nos deu para evangelizar por meio da música, mas as deixamos passar, porque ainda esperamos aquela... Sabe aquela oportunidade?Muitas vezes, nos acostumamos com as grandes coisas: missões, grupos lotados, muita gente aclamando e cantado a partir da nossa condução.Não podemos nunca nos esquecer de que Deus, muitas vezes, nos dá oportunidades aparentemente bem pequenas, mas, nelas, podem estar guardadas grandes graças para nós ou para quem escuta aquilo que estamos tocando e/ou cantando.O inimigo coloca em nossos corações a tentação de nos animarmos muito com os grandes eventos e situações na qual temos um som de grande potência, uma boa banda e um grande número de participantes, etc. Sim, devemos nos animar, mas devemos também, diante dessas oportunidades e dentro de nós, canalizar essa animação para a glória de Deus, agradecendo a Ele pela confiança e oportunidade.
Infelizmente, caímos no sutil erro da empolgação e acabamos por viver toda essa alegria sozinhos, nos esquecendo da batalha que existe por trás de tudo isso e ficamos vulneráveis à ação do inimigo; na mais grave das situações, barramos totalmente a graça, a cura, o milagre para aquele povo que nos escuta, ou para nós mesmos.Seja qual for a oportunidade que temos de exercer o nosso ministério, é um chamado que Deus nos faz. É um povo que espera, é uma batalha a ser travada e, já posso dizer, um inimigo a ser vencido ou até mesmo um meio de Deus trabalhar nos nossos corações. Mas por trás de qualquer lugar aonde iremos tocar ou cantar, a nossa vida deve ser a primeira oportunidade de cantarmos. Por isso, devemos cantar com a vida e, para isso, precisamos ser, primeiramente, homens e mulheres de oração. Músico ou musicista, precisamos ser coerentes com o que cantamos e, aí sim, conseguiremos cantar a vida.Resumindo: simplicidade, oração e coerência. Se conseguirmos viver essas três palavras, com certeza a última delas será abundante em nós: a unção.Volto à pergunta inicial: "De onde começar?". Começo da oportunidade que Deus me dá, com muita sabedoria e discernimento. Muitas vezes, ela é gradativa, outras são um grande susto para nós, além das nossas capacidades; outras vezes, as oportunidades desaparecem. Para cada um, Deus tem uma pedagogia, pois para Ele somos únicos.Deixo outra pergunta: "Qual a pedagogia de Deus para você? Por que Ele escolheu você como ministro de música da sua igreja?Deus abençoe você e o seu ministério.
Quem é o Espírito Santo?
Segundo o Catecismo da Igreja Católica, o Espírito Santo é a "Terceira Pessoa da Santíssima Trindade". Quer dizer, havendo um só Deus, existem nele três pessoas diferentes: Pai, Filho e Espírito Santo. Esta verdade foi revelada por Jesus em seu Evangelho.O Espírito Santo coopera com o Pai e o Filho desde o começo da história até sua consumação, quando o Espírito se revela e nos é dado, quando é reconhecido e acolhido como pessoa. O Senhor Jesus no-lo apresenta e se refere a Ele não como uma potência impessoal, mas como uma Pessoa diferente, com seu próprio atuar e um caráter pessoal.O Espírito Santo, o Dom de Deus"Deus é Amor" (Jo 4,8-16) e o Amor que é o primeiro Dom, contém todos os demais. Este amor "Deus o derramou em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Rm 5,5).
Poste que morremos, ou ao menos, fomos feridos pelo pecado, o primeiro efeito do Dom do Amor é a remissão de nossos pecados. A Comunhão com o Espírito Santo, "A graça do Senhor Jesus Cristo, e a caridade de Deus, e a comunicação do Espírito Santo sejam todos vossos" (2Cor 13,13;) é a que, na Igreja, volta a dar ao batizados a semelhança divina perdida com o pecado.Pelo Espírito Santo nós podemos dizer que "Jesus é o Senhor", quer dizer para entrar em contato com Cristo é necessário Ter sido atraído pelo Espírito Santo.
Mediante o Batismo nos é dado a graça do novo nascimento em Deus Pai por meio de seu Filho no Espírito Santo. Porque os que são portadores do Espírito de Deus são conduzidos ao Filho; mas o Filho os apresenta ao Pai, e o Pai lhes concede a incorruptibilidade. Portanto, sem o Espírito não é possível ver ao Filho de Deus, e sem o Filho, ninguém pode aproximar-se do Pai, porque o conhecimento do Pai é o Filho, e o conhecimento do Filho de Deus se alcança pelo Espírito Santo.Vida e Fé. O Espírito Santo com sua graça é o "primeiro" que nos desperta na fé e nos inicia na vida nova. Ele é quem nos precede e desperta em nós a fé. Entretanto, é o "último" na revelação das pessoas da Santíssima Trindade.O Espírito Santo coopera com o Pai e o Filho desde o começo do Desígnio de nossa salvação e até sua consumação. Somente nos "últimos tempos", inaugurados com a Encarnação redentora do Filho, é quando o Espírito se revela e nos é dado, e é reconhecido e acolhido como Pessoa.O Paráclito. Palavra do grego "parakletos", o mediador, o defensor, o consolador. Jesus nos apresenta ao Espírito Santo dizendo: "O Pai vos dará outro Paráclito" (Jo 14,16). O advogado defensor é aquele que, pondo-se de parte dos que são culpáveis devido a seus pecados os defende do castigo merecido, os salva do perigo de perder a vida e a salvação eterna. Isto é o que Cristo realizou, e o Espírito Santo é chamado "outro paráclito" porque continua fazendo operante a redenção com a que Cristo nos livrou do pecado e da morte eterna.
Espírito da Verdade: Jesus afirma de si mesmo: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida" (Jo 14,6). E ao prometer o Espírito Santo naquele "discurso de despedida" com seus apóstolos na Última Ceia, diz que será quem depois de sua partida, manterá entre os discípulos a mesma verdade que Ele anunciou e revelou.O Paráclito, é a verdade, como o é Cristo. Os campos de ação em que atua o Espírito Santo são o espírito humano e a história do mundo. A distinção entre a verdade e o erro é o primeiro momento de tal atuação.Permanecer e atuar na verdade é o problema essencial para os Apóstolos e para os discípulos de Cristo, desde os primeiros anos da Igreja até o final dos tempos, e é o Espírito Santo quem torna possível que a verdade sobre Deus, o homem e seu destino, chegue até nossos dias sem alterações.
Símbolos
O Espírito Santo é representado de diferentes formas:
· Água: O simbolismo da água é significativo da ação do Espírito Santo no Batismo, já que a água se transforma em sinal sacramental do novo nascimento.
· Unção: Simboliza a força. A unção com o óleo é sinônimo do Espírito Santo. No sacramento da Confirmação o confirmando é ungido para prepará-lo para ser testemunha de Cristo.
· Fogo: Simboliza a energia transformadora dos atos do Espírito.
· Nuvem e Luz: Símbolos inseparáveis nas manifestações do Espírito Santo. Assim desce sobre a Virgem Maria para "cobri-la com sua sombra" . No monte Tabor, na Transfiguração, no dia da Ascensão; aparece uma sombra e uma nuvem.
· Selo: é um símbolo próximo ao da unção. Indica o caráter indelével da unção do Espírito nos sacramentos e falam da consagração do cristão.
· A Mão: Mediante a imposição das mãos os Apóstolos e agora os Bispos, transmitem o "Dom do Espírito".
· A Pomba: No Batismo de Jesus, o Espírito Santo aparece em forma de pomba e posa sobre Ele.
Poste que morremos, ou ao menos, fomos feridos pelo pecado, o primeiro efeito do Dom do Amor é a remissão de nossos pecados. A Comunhão com o Espírito Santo, "A graça do Senhor Jesus Cristo, e a caridade de Deus, e a comunicação do Espírito Santo sejam todos vossos" (2Cor 13,13;) é a que, na Igreja, volta a dar ao batizados a semelhança divina perdida com o pecado.Pelo Espírito Santo nós podemos dizer que "Jesus é o Senhor", quer dizer para entrar em contato com Cristo é necessário Ter sido atraído pelo Espírito Santo.
Mediante o Batismo nos é dado a graça do novo nascimento em Deus Pai por meio de seu Filho no Espírito Santo. Porque os que são portadores do Espírito de Deus são conduzidos ao Filho; mas o Filho os apresenta ao Pai, e o Pai lhes concede a incorruptibilidade. Portanto, sem o Espírito não é possível ver ao Filho de Deus, e sem o Filho, ninguém pode aproximar-se do Pai, porque o conhecimento do Pai é o Filho, e o conhecimento do Filho de Deus se alcança pelo Espírito Santo.Vida e Fé. O Espírito Santo com sua graça é o "primeiro" que nos desperta na fé e nos inicia na vida nova. Ele é quem nos precede e desperta em nós a fé. Entretanto, é o "último" na revelação das pessoas da Santíssima Trindade.O Espírito Santo coopera com o Pai e o Filho desde o começo do Desígnio de nossa salvação e até sua consumação. Somente nos "últimos tempos", inaugurados com a Encarnação redentora do Filho, é quando o Espírito se revela e nos é dado, e é reconhecido e acolhido como Pessoa.O Paráclito. Palavra do grego "parakletos", o mediador, o defensor, o consolador. Jesus nos apresenta ao Espírito Santo dizendo: "O Pai vos dará outro Paráclito" (Jo 14,16). O advogado defensor é aquele que, pondo-se de parte dos que são culpáveis devido a seus pecados os defende do castigo merecido, os salva do perigo de perder a vida e a salvação eterna. Isto é o que Cristo realizou, e o Espírito Santo é chamado "outro paráclito" porque continua fazendo operante a redenção com a que Cristo nos livrou do pecado e da morte eterna.
Espírito da Verdade: Jesus afirma de si mesmo: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida" (Jo 14,6). E ao prometer o Espírito Santo naquele "discurso de despedida" com seus apóstolos na Última Ceia, diz que será quem depois de sua partida, manterá entre os discípulos a mesma verdade que Ele anunciou e revelou.O Paráclito, é a verdade, como o é Cristo. Os campos de ação em que atua o Espírito Santo são o espírito humano e a história do mundo. A distinção entre a verdade e o erro é o primeiro momento de tal atuação.Permanecer e atuar na verdade é o problema essencial para os Apóstolos e para os discípulos de Cristo, desde os primeiros anos da Igreja até o final dos tempos, e é o Espírito Santo quem torna possível que a verdade sobre Deus, o homem e seu destino, chegue até nossos dias sem alterações.
Símbolos
O Espírito Santo é representado de diferentes formas:
· Água: O simbolismo da água é significativo da ação do Espírito Santo no Batismo, já que a água se transforma em sinal sacramental do novo nascimento.
· Unção: Simboliza a força. A unção com o óleo é sinônimo do Espírito Santo. No sacramento da Confirmação o confirmando é ungido para prepará-lo para ser testemunha de Cristo.
· Fogo: Simboliza a energia transformadora dos atos do Espírito.
· Nuvem e Luz: Símbolos inseparáveis nas manifestações do Espírito Santo. Assim desce sobre a Virgem Maria para "cobri-la com sua sombra" . No monte Tabor, na Transfiguração, no dia da Ascensão; aparece uma sombra e uma nuvem.
· Selo: é um símbolo próximo ao da unção. Indica o caráter indelével da unção do Espírito nos sacramentos e falam da consagração do cristão.
· A Mão: Mediante a imposição das mãos os Apóstolos e agora os Bispos, transmitem o "Dom do Espírito".
· A Pomba: No Batismo de Jesus, o Espírito Santo aparece em forma de pomba e posa sobre Ele.
Carta aos agentes de música litúrgica do Brasil
A liturgia ocupa um lugar central em toda a ação evangelizadora da Igreja. Ela é o “cume para o qual tende a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte de onde emana toda a sua força” (SC 10). Nela, o discípulo realiza o mais íntimo encontro com seu Senhor e dela recebe a motivação e a força máximas para a sua missão na Igreja e no mundo (cf. DGAE nº 67). Há uma relação muito profunda entre beleza e liturgia. Beleza não como mero esteticismo, mas como modalidade pela qual a verdade do amor de Deus em Cristo nos alcança, fascina e arrebata, fazendo-nos sair de nós mesmos e atraindo-nos assim para a nossa verdadeira vocação: o amor (cf. SCa 35). Unida ao espaço litúrgico, a música é genuína expressão de beleza, tem especial capacidade de atingir os corações e, na liturgia, grande eficácia pedagógica para levá-los a penetrar no mistério celebrado. Acompanhamos, com entusiasmo e alegria, o florescer de grupos de canto e música litúrgica, grupos instrumentais e vocais, que exercem o importante ministério de zelar pela beleza e profundidade da liturgia através do canto e da música. Sua animação e criatividade encantam muitos daqueles que participam das celebrações litúrgicas em nossas comunidades. Ao soar dos primeiros acordes e ao canto da primeira nota, sentimos mais profundamente a presença de Deus. Lembramos alguns aspectos importantes que contribuem para a grandeza do mistério celebrado.
1. A importância da letra na música litúrgica - a letra tem a primazia, a música está a seu serviço. A descoberta da beleza de um canto litúrgico passa necessariamente pela análise cuidadosa do conteúdo do texto e da poesia. A beleza estética não é o único critério. Muitas músicas cantadas em nossas liturgias estão distanciadas do contexto celebrativo. “Verdadeiramente, em liturgia, não podemos dizer que tanto vale um cântico como outro; é necessário evitar a improvisação genérica e o canto deve integrar-se na forma própria da celebração” (SCa 42). Não é possível cantar qualquer canto em qualquer momento ou em qualquer tempo. O canto “precisa estar intimamente vinculado ao rito, ou seja, ao momento celebrativo e ao tempo litúrgico” (DGAE 76). Antes de escolher um canto litúrgico é preciso aprofundar o sentido dos textos bíblicos, do tempo litúrgico, da festa celebrada e do momento ritual.
2. A participação da assembléia no canto - o Concílio Vaticano II enfatiza a participação ativa, consciente, plena, frutuosa, externa e interna de todos os fiéis (cf. SC 14). O canto litúrgico não é propriedade particular de um cantor, animador, ou de um seleto grupo de cantores. A liturgia permite alguns momentos para solos (tanto vocais quanto instrumentais), porém a assembléia deve ter prioridade na execução dos cantos litúrgicos. O animador ou o cantor tem a importante missão, como elemento intrínseco ao serviço que presta à comunidade, de favorecer o canto da assembléia, ora sustentando, ora fazendo pequenos gestos de regência, contribuindo para a participação ativa de toda a comunidade celebrante.
3. Cuidado com o volume dos instrumentos e microfones - em muitas comunidades, o excessivo volume dos instrumentos, como também a grande quantidade de microfones para os cantores, às vezes, não contribuem para um mergulho no mistério celebrado, antes, provocam a agitação interior e a dispersão, além de inibir a participação da assembléia no canto. Pede-se cuidado com o volume do som, a fim de que as celebrações sejam mais orantes , pois tudo deve contribuir para a beleza do momento ritual.
4. Cultivar uma espiritualidade litúrgica - os cantores e instrumentistas exercem um verdadeiro ministério litúrgico (SC 29). A celebração não é um momento para fazer um show, para apresentação de qualidades e aptidões. Os cantores e instrumentistas devem, antes de tudo, mergulhar no mistério, ouvir e acolher com a devida atenção a Palavra de Deus e participar intensamente de todos os momentos da celebração. Música litúrgica e espiritualidade litúrgica devem andar juntas, são duas asas de um mesmo vôo, duas nascentes de uma mesma fonte.Invocamos as luzes do Espírito Santo sobre todos os agentes de música litúrgica de nosso país. Reconhecemos o valoro do ministério exercido a serviço de celebrações reveladoras da beleza suprema do Deus criador e da atualização do Mistério Pascal de Jesus Cristo.
D. Joviano de Lima Júnior, SSSArcebispo de Ribeirão Preto ePresidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia
1. A importância da letra na música litúrgica - a letra tem a primazia, a música está a seu serviço. A descoberta da beleza de um canto litúrgico passa necessariamente pela análise cuidadosa do conteúdo do texto e da poesia. A beleza estética não é o único critério. Muitas músicas cantadas em nossas liturgias estão distanciadas do contexto celebrativo. “Verdadeiramente, em liturgia, não podemos dizer que tanto vale um cântico como outro; é necessário evitar a improvisação genérica e o canto deve integrar-se na forma própria da celebração” (SCa 42). Não é possível cantar qualquer canto em qualquer momento ou em qualquer tempo. O canto “precisa estar intimamente vinculado ao rito, ou seja, ao momento celebrativo e ao tempo litúrgico” (DGAE 76). Antes de escolher um canto litúrgico é preciso aprofundar o sentido dos textos bíblicos, do tempo litúrgico, da festa celebrada e do momento ritual.
2. A participação da assembléia no canto - o Concílio Vaticano II enfatiza a participação ativa, consciente, plena, frutuosa, externa e interna de todos os fiéis (cf. SC 14). O canto litúrgico não é propriedade particular de um cantor, animador, ou de um seleto grupo de cantores. A liturgia permite alguns momentos para solos (tanto vocais quanto instrumentais), porém a assembléia deve ter prioridade na execução dos cantos litúrgicos. O animador ou o cantor tem a importante missão, como elemento intrínseco ao serviço que presta à comunidade, de favorecer o canto da assembléia, ora sustentando, ora fazendo pequenos gestos de regência, contribuindo para a participação ativa de toda a comunidade celebrante.
3. Cuidado com o volume dos instrumentos e microfones - em muitas comunidades, o excessivo volume dos instrumentos, como também a grande quantidade de microfones para os cantores, às vezes, não contribuem para um mergulho no mistério celebrado, antes, provocam a agitação interior e a dispersão, além de inibir a participação da assembléia no canto. Pede-se cuidado com o volume do som, a fim de que as celebrações sejam mais orantes , pois tudo deve contribuir para a beleza do momento ritual.
4. Cultivar uma espiritualidade litúrgica - os cantores e instrumentistas exercem um verdadeiro ministério litúrgico (SC 29). A celebração não é um momento para fazer um show, para apresentação de qualidades e aptidões. Os cantores e instrumentistas devem, antes de tudo, mergulhar no mistério, ouvir e acolher com a devida atenção a Palavra de Deus e participar intensamente de todos os momentos da celebração. Música litúrgica e espiritualidade litúrgica devem andar juntas, são duas asas de um mesmo vôo, duas nascentes de uma mesma fonte.Invocamos as luzes do Espírito Santo sobre todos os agentes de música litúrgica de nosso país. Reconhecemos o valoro do ministério exercido a serviço de celebrações reveladoras da beleza suprema do Deus criador e da atualização do Mistério Pascal de Jesus Cristo.
D. Joviano de Lima Júnior, SSSArcebispo de Ribeirão Preto ePresidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia
Dicas Para o Vocalista
Aquecimento e Desaquecimento
AQUECIMENTO VOCAL
TEMPO - 15 minutos· Alongamento - cabeça, pescoço e ombros;· Respiração - emissão do "s" e "z" prolongado (respiração diafragmática);· "Hum" mastigado - fazendo escala· Vibração de língua - escala ascendente;· Vibração de lábios;· "P" prolongado - pa pa pa;
DESAQUECIMENTO
TEMPO - 5 minutos· Massagem digital laringe;· Vibração de língua ou lábio - escala descendente;· Voz salmodiada - "voz de padre";· Bocejo - suspiro;· Repouso vocal.
Observações importantes:
· Beber muita água, principalmente durante as apresentações;
TEMPO - 15 minutos· Alongamento - cabeça, pescoço e ombros;· Respiração - emissão do "s" e "z" prolongado (respiração diafragmática);· "Hum" mastigado - fazendo escala· Vibração de língua - escala ascendente;· Vibração de lábios;· "P" prolongado - pa pa pa;
DESAQUECIMENTO
TEMPO - 5 minutos· Massagem digital laringe;· Vibração de língua ou lábio - escala descendente;· Voz salmodiada - "voz de padre";· Bocejo - suspiro;· Repouso vocal.
Observações importantes:
· Beber muita água, principalmente durante as apresentações;
· Aquecer e desaquecer a voz;· Não se automedicar;
· Fazer uma avaliação com o auxílio de um médico otorrino.
Exercícios de Aquecimento Vocal
Relaxamento:
Relaxamento:
- Circular a cabeça para a Direita e para a esquerda
- Circular a cabeça para os lados, para cima e para baixo
- Fazer caretas procurando utilizar todos os músculos do rosto
- Articular A/E/I/O/U, forçando o diafragma e anasalando as expressões.
Sibilação:
Execute estas sílabas:
Zi - Si - Fi - Chi - Vi - Gui - Qui - Z - S - F - C - V
Para articulação dos RR:
Bar - Mur - Per - Vur - Der - Xar - Cor -Ter - Quer - Dru - Cro - Vri - Fra - Tre - Terê - Fará - Viri - Coro - Duru.
Exercício para relaxamento:
Sibilação:
Execute estas sílabas:
Zi - Si - Fi - Chi - Vi - Gui - Qui - Z - S - F - C - V
Para articulação dos RR:
Bar - Mur - Per - Vur - Der - Xar - Cor -Ter - Quer - Dru - Cro - Vri - Fra - Tre - Terê - Fará - Viri - Coro - Duru.
Exercício para relaxamento:
Obs. De forma suave, com baixa intensidade.
ME - TRÚ - VÊ - JÊ - QUE - GUE - ZÊ - BRÊ
ME - TRÚ - VÊ - JÊ - QUE - GUE - ZÊ - BRÊ
Limpeza das cordas vocais e Fono
-Articulação:
"O mameluco maluco e melancólico meditava e a megera megalocéfala macabra e maquiavélica mastigava mostarda na maloca, minguadas e míseras miavam na moagem mas mitigavam mais e mais as meninas"
Para leitura lenta:"E há nevoentos desencantos dos encantos dos pensamentos nos santos lentos dos recantos bentos, dos cantos dos conventos. Prantos de intentos, lentos tantos que encantam os atentos ventos."
"O mameluco maluco e melancólico meditava e a megera megalocéfala macabra e maquiavélica mastigava mostarda na maloca, minguadas e míseras miavam na moagem mas mitigavam mais e mais as meninas"
Para leitura lenta:"E há nevoentos desencantos dos encantos dos pensamentos nos santos lentos dos recantos bentos, dos cantos dos conventos. Prantos de intentos, lentos tantos que encantam os atentos ventos."
Cuidados com a voz
Períodos curtos de rouquidão em adultas geralmente não são motivos de maiores preocupações. Costumam aparecer por causa de gripes que atinge a laringe aonde estão localizadas as cordas vocais.Dificuldades emocionais também podem estar por trás dos sintomas. A associação entre agressões físicas causadas pelo cigarro, alergias, infecções e o uso inadequado da voz é de fato o agente causador de boa parte dos problemas das cordas vocais.A ansiedade aumenta a tensão muscular e modifica a postura. O paciente tende a não relaxar o corpo para a respiração diafragmática, a forçar a voz na garganta e até agitar sem motivo.O tratamento destes casos conjuga exercícios fono, técnicas de relaxamento e diminuição de ansiedade.Em situações estressantes as pessoas podem perder complemente a voz.
Períodos curtos de rouquidão em adultas geralmente não são motivos de maiores preocupações. Costumam aparecer por causa de gripes que atinge a laringe aonde estão localizadas as cordas vocais.Dificuldades emocionais também podem estar por trás dos sintomas. A associação entre agressões físicas causadas pelo cigarro, alergias, infecções e o uso inadequado da voz é de fato o agente causador de boa parte dos problemas das cordas vocais.A ansiedade aumenta a tensão muscular e modifica a postura. O paciente tende a não relaxar o corpo para a respiração diafragmática, a forçar a voz na garganta e até agitar sem motivo.O tratamento destes casos conjuga exercícios fono, técnicas de relaxamento e diminuição de ansiedade.Em situações estressantes as pessoas podem perder complemente a voz.
A Voz como Instrumento
"Nenhum cantor vence por ter uma voz poderosa, nem os músicos conseguem o sucesso por causa de seu talento. Não são as boas músicas que ganham almas; elas por si não salvam um CD. É o Deus Eterno que dá poder àqueles que O temem e inspira aqueles que confiam no Seu amor". Adaptado do Salmo 33:16-18.
O instrumentista manuseia seu instrumento. O cantor é o próprio instrumento. Por isso é mais difícil estudar, pois o instrumento não pode ser "desmontado".
"Nenhum cantor vence por ter uma voz poderosa, nem os músicos conseguem o sucesso por causa de seu talento. Não são as boas músicas que ganham almas; elas por si não salvam um CD. É o Deus Eterno que dá poder àqueles que O temem e inspira aqueles que confiam no Seu amor". Adaptado do Salmo 33:16-18.
O instrumentista manuseia seu instrumento. O cantor é o próprio instrumento. Por isso é mais difícil estudar, pois o instrumento não pode ser "desmontado".
Instrumento Vocal:
Acionador – energia produzida pelo aparelho respiratório
Acionador – energia produzida pelo aparelho respiratório
Vibrador – pregas vocais
Ressonador – aparelho fonador
Aparelho Fonador – O conjunto de órgãos da fala, constituídos das seguintes partes:
a. Pulmões, brônquios, traquéia – órgãos respiratórios que fornecem a corrente de ar para a fonação;
b. Laringe – onde se localizam as cordas vocais que produzem energia sonora utilizada na fonação;
c. Cavidades supralaríngeas (faringe, boca e fossas nasais) – que funcionam como caixas de ressonância.A cavidade bucal varia de forma e volume, em função dos movimentos de órgãos ativos, sobretudo a língua.
O ouvido é fundamental para o bom uso do instrumento vocal. Ele faz o elo entre o aparelho fonador e o cérebro.
Para cantar é essencial:Ouvido externo (audição);Ouvido interno (capacidade de "ouvir" a música dentro da cabeça)."O ouvido interno está para a música como o pensamento está para a fala"."É possível tocar (mal) um instrumento musical sem este ouvido interno – ou pensamento musical – usando apenas movimentos mecânicos, mas não é possível cantar sem ele".
O instrumento musical é capaz de produzir:
Aparelho Fonador – O conjunto de órgãos da fala, constituídos das seguintes partes:
a. Pulmões, brônquios, traquéia – órgãos respiratórios que fornecem a corrente de ar para a fonação;
b. Laringe – onde se localizam as cordas vocais que produzem energia sonora utilizada na fonação;
c. Cavidades supralaríngeas (faringe, boca e fossas nasais) – que funcionam como caixas de ressonância.A cavidade bucal varia de forma e volume, em função dos movimentos de órgãos ativos, sobretudo a língua.
O ouvido é fundamental para o bom uso do instrumento vocal. Ele faz o elo entre o aparelho fonador e o cérebro.
Para cantar é essencial:Ouvido externo (audição);Ouvido interno (capacidade de "ouvir" a música dentro da cabeça)."O ouvido interno está para a música como o pensamento está para a fala"."É possível tocar (mal) um instrumento musical sem este ouvido interno – ou pensamento musical – usando apenas movimentos mecânicos, mas não é possível cantar sem ele".
O instrumento musical é capaz de produzir:
Tom: As pregas vocais têm camadas múltiplas, cada uma delas com propriedades mecânicas, que por sua vez estão sujeitas aos ajustes dos músculos da laringe. Os complexos ajustes possíveis dentro de cada camada e entre as camadas, significam que a voz é capaz de muito maior precisão e afinação do que em instrumentos de corda.
VolumeDuraçãoTimbreAlém de:Fraseado musical
Articulação do texto
Para controlar este instrumento é preciso conhece-lo.
"O controle vocal (...) depende de um conjunto complexo de coordenações motoras de alta precisão, reguladas por sinais neurológicos e monitoradas por vários tipos de feedback externos e internos".
Respiração:"Controle da respiração é sinônimo de controle do instrumento vocal".
Para controlar este instrumento é preciso conhece-lo.
"O controle vocal (...) depende de um conjunto complexo de coordenações motoras de alta precisão, reguladas por sinais neurológicos e monitoradas por vários tipos de feedback externos e internos".
Respiração:"Controle da respiração é sinônimo de controle do instrumento vocal".
Diafragma – "A musculatura abdominal contribui para o controle da pressão subglótica que é necessária para a produção da voz".
Saúde Vocal:"A força humana é sinônimo de fraqueza, e a sabedoria humana é tolice. O nosso sucesso não depende de nossos talentos ou conhecimentos, mas de nossa ligação pessoal com Deus".
Os itens que compõem a saúde vocal:
Hidratação – água é essencial para o funcionamento do aparelho respiratório e também do aparelho fonador. A hidratação é essencial às pregas vocais por causa dos efeitos da fricção.
Saúde geral – o corpo é o instrumento!
Saúde Vocal:"A força humana é sinônimo de fraqueza, e a sabedoria humana é tolice. O nosso sucesso não depende de nossos talentos ou conhecimentos, mas de nossa ligação pessoal com Deus".
Os itens que compõem a saúde vocal:
Hidratação – água é essencial para o funcionamento do aparelho respiratório e também do aparelho fonador. A hidratação é essencial às pregas vocais por causa dos efeitos da fricção.
Saúde geral – o corpo é o instrumento!
Desidratação, fadiga e outras doenças podem afetar a mucosa que cobre as pregas vocais, alterando a lubrificação e causando queda no rendimento vocal. Exemplos: alergias, tosses, asma; os "gelados".
Boa forma – excesso de peso, um corpo fora de forma sem força muscular torácica e abdominal... Tudo isso debilita a fonte de energia da voz.
Estilo de vida – bebidas e drogas têm efeito desidratante. Remédios também! Anti-histamínicos, diuréticos, remédios para indigestão, calmantes e alguns antibióticos.
Evitar cansaço e fadiga vocal– o cansaço afeta a voz. O sono é fundamental. Mas a fadiga vocal também pode ser conseqüência da falta de aquecimento antes de cantar, ou de uma conversa em locais onde há muito barulho e é preciso falar alto.
Usar técnica para atingir bom uso da voz – voz gritada, forçar a voz, cantar fora da região, falar fora da região (pessoas que gostam de falar grave – pesquisadores descobriram ser essa uma causa de problemas na voz, ensaiar "dando tudo", cantar sem aquecer, etc).
Postura do Cantor no Ambiente de Igreja:
Boa forma – excesso de peso, um corpo fora de forma sem força muscular torácica e abdominal... Tudo isso debilita a fonte de energia da voz.
Estilo de vida – bebidas e drogas têm efeito desidratante. Remédios também! Anti-histamínicos, diuréticos, remédios para indigestão, calmantes e alguns antibióticos.
Evitar cansaço e fadiga vocal– o cansaço afeta a voz. O sono é fundamental. Mas a fadiga vocal também pode ser conseqüência da falta de aquecimento antes de cantar, ou de uma conversa em locais onde há muito barulho e é preciso falar alto.
Usar técnica para atingir bom uso da voz – voz gritada, forçar a voz, cantar fora da região, falar fora da região (pessoas que gostam de falar grave – pesquisadores descobriram ser essa uma causa de problemas na voz, ensaiar "dando tudo", cantar sem aquecer, etc).
Postura do Cantor no Ambiente de Igreja:
"Deus espera que Seus servos cultivem suas vozes de modo que possam falar e cantar de uma maneira que todos possam entender. O volume não é o mais importante, e sim uma entonação clara, pronúncia correta e dicção bem definida...
A habilidade de cantar é um dom de Deus; que seja usada para Sua glória".
Relação com o microfone – O microfone é uma ferramenta que precisa ser manuseada corretamente para que possa cumprir sua função.
Postura corporal – Além da postura correta para a emissão da voz, é preciso pensar na aparência como um todo (roupas, maquilagem, penteado, etc), escolhendo sempre aquilo que seja adequado ao momento e que não desvie a atenção dos ouvintes.
"Confie no Deus Eterno de todo o coração e não se apóie na sua própria inteligência. Lembre-se de Deus em tudo que fizer, e Ele lhe mostrará o caminho certo". Provérbios 3:5, 6.
A habilidade de cantar é um dom de Deus; que seja usada para Sua glória".
Relação com o microfone – O microfone é uma ferramenta que precisa ser manuseada corretamente para que possa cumprir sua função.
Postura corporal – Além da postura correta para a emissão da voz, é preciso pensar na aparência como um todo (roupas, maquilagem, penteado, etc), escolhendo sempre aquilo que seja adequado ao momento e que não desvie a atenção dos ouvintes.
"Confie no Deus Eterno de todo o coração e não se apóie na sua própria inteligência. Lembre-se de Deus em tudo que fizer, e Ele lhe mostrará o caminho certo". Provérbios 3:5, 6.
Expressão facial/Gestos – "Será que um [cantor] pode fazer alguma coisa nova? Não. Só pode fazer o que fizeram os [cantores/músicos] que [se apresentam] antes dele". Adaptado de Eclesiastes 2:12."Sou Teu servo; por isso dá-me sabedoria para que eu possa conhecer os Teus ensinamentos". Salmo 119:125."Que o Espírito, que nos deu a vida, controle também a nossa vida". Gálatas 5:25.
Articulação das palavras – "Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a Tua face, Senhor, Rocha minha e Redentor meu". Salmo 19:14."Deus espera que Seus servos cultivem suas vozes de modo que possam falar e cantar de uma maneira que todos possam entender.
Os objetivos de quem canta em Igreja:"Feliz o povo que Te adora com cantos e que vive na luz da Tua presença. Por causa de Ti eles se alegram o dia todo; eles Te louvam porque os salvas". Salmo 89:15, 16."O dia todo falarei de Tua salvação, embora não seja capaz de entendê-la". Salmo 71:15."Porém, nós que temos esse tesouro espiritual somos como potes de barro comum, para mostrar que o poder supremo pertence a Deus e não a nós. Muitas vezes estamos em dificuldades, mas não somos derrotados. Algumas vezes ficamos em dúvida, mas nunca desesperados. Temos muitos inimigos, mas nunca nos falta um amigo. Às vezes somos feridos, mas não destruídos". II Coríntios 4:7-9.
Escolha de repertório para diferentes programações da igreja:"Tudo neste mundo tem o seu tempo; cada coisa tem a sua ocasião". Eclesiastes 3:1."Não é no meu arco que eu confio, e não é a minha espada que me que me dá a vitória. Pois foste Tu que nos livraste dos nossos inimigos..." Salmo 44:6, 7.Usa-me conforme o Teu querer, meu Deus/ Quero ter o teu amor/ A mais clara compreensão/ Dá-me o tempo e a hora/ Do que eu deverei dizer/ Usa-me!
Articulação das palavras – "Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a Tua face, Senhor, Rocha minha e Redentor meu". Salmo 19:14."Deus espera que Seus servos cultivem suas vozes de modo que possam falar e cantar de uma maneira que todos possam entender.
Os objetivos de quem canta em Igreja:"Feliz o povo que Te adora com cantos e que vive na luz da Tua presença. Por causa de Ti eles se alegram o dia todo; eles Te louvam porque os salvas". Salmo 89:15, 16."O dia todo falarei de Tua salvação, embora não seja capaz de entendê-la". Salmo 71:15."Porém, nós que temos esse tesouro espiritual somos como potes de barro comum, para mostrar que o poder supremo pertence a Deus e não a nós. Muitas vezes estamos em dificuldades, mas não somos derrotados. Algumas vezes ficamos em dúvida, mas nunca desesperados. Temos muitos inimigos, mas nunca nos falta um amigo. Às vezes somos feridos, mas não destruídos". II Coríntios 4:7-9.
Escolha de repertório para diferentes programações da igreja:"Tudo neste mundo tem o seu tempo; cada coisa tem a sua ocasião". Eclesiastes 3:1."Não é no meu arco que eu confio, e não é a minha espada que me que me dá a vitória. Pois foste Tu que nos livraste dos nossos inimigos..." Salmo 44:6, 7.Usa-me conforme o Teu querer, meu Deus/ Quero ter o teu amor/ A mais clara compreensão/ Dá-me o tempo e a hora/ Do que eu deverei dizer/ Usa-me!
A importância da Bíblia para o cristão
"Feliz aquele que se compraz no serviço do Senhor e medita sua lei dia e noite"
Para nós da Igreja do Brasil, desde de 1971, setembro torno-se o MÊS DA BÍBLIA e, já desde 1947, o último domingo do mesmo mês é comemorado como DIA DA BÍBLIA. Talvez nem fazemos idéia, mas a Bíblia é o livro mais vendido, distribuído e impresso em toda a História da humanidade. Só no século XX foram impressos mais de um bilhão e meio de exemplares, em mais de mil e seiscentos idiomas diferentes, tornando-se o maior "best-seller" de todos os tempos. Nunca a palavra de Deus foi tão meditada, lida e comentada como em nossos dias.
Mas qual é a origem da Bíblia? Para que serve? Como deve ser lida? Como rezar com a Bíblia? São perguntas que procurarei responder nesse artigo, sem a pretensão de esgotar o assunto, mas com a esperança de leva-los a amá-la como fonte de vida.
QUAL É ORIGEM DA BÍBLIA?
Ela é a história de um povo com o seu Deus; não de qualquer povo, mas do povo de Deus, escolhido por Ele, para ser exemplo para todos os povos. Ela nasceu no meio do povo hebreu, no tempo de Abraão, na terra de Canaã, que em seguida chamou-se terra de Israel e bem mais tarde Palestina.
A palavra Bíblia provém do grego biblos e significa livros, o que bem demonstra não ser a Bíblia um único livro. Assim, quando usamos hoje a palavra "Bíblia" nos referimos a um conjunto de livros. Nela estão agrupados 73 livros, é uma verdadeira mini-biblioteca que destaca o a aliança e plano de salvação de Deus para com a humanidade.
E justamente por não ser um livro, mas um conjunto de livros, a bíblia levou bem mais de mil anos para ser escrita e tomar a forma de hoje, podemos identificar em sua gestação, que ela passou por 3 fases:
- Os acontecimentos: antes de se tornar um livro, a Bíblia foi uma realidade vivida e experimentada pelo homem. A essência da Sagrada Escritura não está nas palavras que ela traz, mas nos acontecimentos, nos fatos concretos e acontecimentos salvíficos
- Tradição Oral: logo depois dos Acontecimentos, entra em cena a Tradição Oral. Eles eram contados pelos pais e mães aos filhos, de geração em geração. Esse período durou cerca de 900 anos. Desta forma, o povo mantinha forte em sua lembrança as fortes experiências vividas com Deus. "Lembra-te dos dias antigos, considera os anos das gerações passadas. Interroga teu pai e ele te contará; teus anciãos e eles te dirão" (Deuteronômio 32, 7). "Assim, pois, irmãos, ficai firmes e conservai os ensinamentos que de nós aprendestes, seja por palavras, seja por carta nossa" (2Tessalonicensess 2, 15);
- Tradição Escrita: quando possível, devido às condições políticas, sociais e culturais da época, algumas pessoas começaram a colocar por escrito as ricas e vastas experiências do povo eleito de Deus. Graças a homens inspirados pelo Espírito de Santo, também chamados de hagiógrafos, a Bíblia começou a ser escrita.
Vemos, assim, que a Bíblia, ou melhor, os livros que a compõem foram escritos por homens, mas inspirados por Deus, de forma a prevenir erros. O homem foi o instrumento de Deus e foi movido e dirigido por Ele. No entanto, cabe aqui uma importante observação: o fato de Deus ter inspirado homens a escreverem os livros que compõem a bíblia, não significa que tenha anulado a inteligência e a liberdade deles, veja o que nos diz o Magistério da Igreja a respeito disso:
"Na redação dos livros sagrados, Deus escolheu homens,
dos quais se serviu fazendo-os usar suas próprias faculdades
e capacidades a fim de que, agindo Ele próprio neles e por eles,
escrevessem, como verdadeiros autores,
tudo e só aquilo que Ele próprio quisesse" (Dei Verbum, 11).
PARA QUE SERVE A BÍBLIA?
Na Bíblia é o próprio Deus que se revela a nós através de sua Palavra. Por isso devemos "acolher a palavra de Deus, não como palavra humana, mas como mensagem de Deus, o que ela é em verdade" . Ela é "viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes e atinge até a divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração" (Hebreus 4, 12). Além disso "toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça. Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra" (2Timóteo 3, 16)
Ela serve para que as pessoas creiam em Cristo (João 20, 30 - 31), para ajudar os cristãos a caminharem (Salmo 118(119), 105), para nossa instrução (1Coríntios 10, 11) e para ajudar-nos a instruir, refutar, corrigir e educar na justiça (2Timóteo 3, 16).
São Jerônimo (+ 420) dizia: "Desconhecer as Sagradas Escrituras é ignorar o próprio Jesus Cristo". Santa Teresinha do Menino Jesus, falando do Evangelho, escreveu: "Acima de tudo, o que me sustenta durante a oração é o evangelho. Nele encontro tudo o que necessita minha pobre alma. Nele continuamente descubro novas luzes e sentidos ocultos e misteriosos" (Ms A 83v).
No entanto, não basta conhecer a Bíblia, é preciso coloca-la em prática de maneira fiel e criativa (Tiago 1, 22). A Bíblia precisa tornar-se fonte da nossa força, luz de nossa caminhada e objetivo de nosso trabalho.
COMO DEVE SER LIDA?
A Bíblia é a Palavra Viva de Deus. Precisamos ter a consciência de que "toda Escritura é inspirada por Deus" (2Timoteo 3, 16), "que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal" (2Pedro 1, 20) e também de que "nelas há algumas passagens difíceis de entender, cujo sentido os espíritos ignorantes ou pouco fortalecidos deturpam, para a sua própria ruína, como o fazem também com as demais Escrituras" (2Pedro 3, 16b). No Concílio Ecumênico Vaticano II lemos que: "...para bem captar o sentido dos textos sagrados, deve-se atender com não menor diligência ao conteúdo e à unidade de toda a Escritura, levada em conta a Tradição viva da Igreja toda e a analogia da fé" (Dei Verbum 12).
Com isso vemos que não devemos ler a bíblia como se estivéssemos lendo um livro qualquer, mas sua leitura exige respeito, humildade e prudência.
Por isso é muito importante buscarmos participar de Círculo bíblico, cursos de bíblia, etc, que facilmente podemos encontrar em nossas comunidades, paróquias e dioceses.
COMO REZAR COM A BÍBLIA?
Frei Patrício Sciadini, OCD, aponta 3 atitudes fundamentais que precisamos ter dentro de nós quando nos aproximamos da Sagrada Escritura: "ela deve ser lida: lenta, atenta e amorosamente". Ele explica cada uma delas:
1. Lentamente: não somos acostumados a ler lentamente. Hoje temos quase uma "voracidade compulsiva" em ler muito. Há, poderíamos dizer, um "engordamento artificial" de idéias que não conseguimos digerir. É muito importante na oração evitar essa fome de palavra, ter mais cuidado na escolha do que lemos e ler mais lentamente, quase saboreando palavra por palavra, repartindo as palavras como se fossem uma fruta que queremos saborear e não apenas engolir;
2. Atentamente: prestar atenção ao que se diz ou se lê. Para Santa Teresa, este é o segredo da verdadeira meditação. É preciso, diz ela, saber o que diz e para quem diz, para que seja verdadeira oração. A mesma pedagogia devemos usar quando queremos compreender o que estamos lendo para poder penetrar no seu sentido. Três perguntas podem ser úteis aqui: "O que diz a Palavra? Para quem é dirigida? O que diz para mim hoje?". Essa releitura da Palavra é fundamental para, diante dela, não nos portar como espectadores ou visitantes de um museu, mas atualizá-la para a nossa vida.
3. Amorosamente: ler com amor, como se a Palavra ou texto fosse dirigido tão somente a nós. Essa personalização da Palavra é fundamental para que possamos ser "tocados" pelo espírito do autor que, quando escreveu, tinha uma finalidade: sermos gerados pela Palavra ouvida e meditada. Quando lemos algo com amor, isso produz mais fruto dentro de nós.
Alguns passos simples para ler e meditar um texto bíblico poderiam ser os 4 passos da Lectio Divina. Busque um lugar tranqüilo, onde você possa criar um ambiente calmo e recolhido, com silêncio ou música de fundo, como for melhor, assim feito siga:
1. Leitura: Nesse passo você deve ler, reler, confrontar passagens paralelas; interpretar símbolos, ver personagens; quem fala, como fala, a quem fala, quando fala, onde fala, como agem e reagem as personagens. Nesse passo você deve procurar responder: Que diz o texto?
2. Meditação: Que valores profundos me evoca o texto? Que sinto ou experimento, como reajo ao ler este texto? Com que relaciono o texto? Existem duas fases, na meditação, a primeira de recolher, juntar, reservar sem preguiça; a segunda de ruminar, digerir tudo o que se recolhe; deixar que as palavras se liguem entre si; criar clima, atenção, calor; preocupar-se para que nada te roube a Palavra... Discernir, confrontar e deixar que as palavras que recolheste, guardaste e observaste, se clarifiquem umas às outras. Feito isto, a Palavra faz o resto. Nesse passo você deve procurar responder: Que me diz o Senhor neste texto?
3. Oração: Em silêncio, pela palavra, pelo canto, pelo gesto, que digo ao Senhor? Que palavras, canto, silêncio ou gesto me provoca a Palavra que acabei de ler e meditar? Para esse passo busco responder: Que digo eu ao Senhor que me fala neste texto?
4. Contemplação: Agora é o momento de observar os efeitos dessa palavra sobre você, sobre a sua vida. Responda aqui: Que sinto em mim? Que experiência me é dada viver agora?
Você pode estar se perguntando: mas por onde devo começar a leitura? que livro ler primeiro? devo ler o Antigo ou o Novo Testamento? Bem, há muitos livros católicos com sugestões de leituras, mas uma opção bem eficaz e tradicional é a Liturgia Diária, ela traz as leituras que em cada dia a Igreja medita na Liturgia Eucarística.
E AGORA?
Eis uma regra de ouro que aprendi: Ler a Bíblia todos os dias. "Feliz aquele que se compraz no serviço do Senhor e medita sua lei dia e noite" (Salmo 1, 2). Ler todos os dias sem exceção. Ler quando estiver com vontade, quando sentir falta, mas também quando não estiver com vontade nenhuma. Assim como você alimenta o corpo todos os dias, deve também alimentar diariamente o seu espírito com a Palavra de Deus.
Então, o que é que você está esperando? Inclua a leitura da Bíblia no seu dia-a-dia, reze com ela e descubra as maravilhas que Deus deseja lhe contar.
Para nós da Igreja do Brasil, desde de 1971, setembro torno-se o MÊS DA BÍBLIA e, já desde 1947, o último domingo do mesmo mês é comemorado como DIA DA BÍBLIA. Talvez nem fazemos idéia, mas a Bíblia é o livro mais vendido, distribuído e impresso em toda a História da humanidade. Só no século XX foram impressos mais de um bilhão e meio de exemplares, em mais de mil e seiscentos idiomas diferentes, tornando-se o maior "best-seller" de todos os tempos. Nunca a palavra de Deus foi tão meditada, lida e comentada como em nossos dias.
Mas qual é a origem da Bíblia? Para que serve? Como deve ser lida? Como rezar com a Bíblia? São perguntas que procurarei responder nesse artigo, sem a pretensão de esgotar o assunto, mas com a esperança de leva-los a amá-la como fonte de vida.
QUAL É ORIGEM DA BÍBLIA?
Ela é a história de um povo com o seu Deus; não de qualquer povo, mas do povo de Deus, escolhido por Ele, para ser exemplo para todos os povos. Ela nasceu no meio do povo hebreu, no tempo de Abraão, na terra de Canaã, que em seguida chamou-se terra de Israel e bem mais tarde Palestina.
A palavra Bíblia provém do grego biblos e significa livros, o que bem demonstra não ser a Bíblia um único livro. Assim, quando usamos hoje a palavra "Bíblia" nos referimos a um conjunto de livros. Nela estão agrupados 73 livros, é uma verdadeira mini-biblioteca que destaca o a aliança e plano de salvação de Deus para com a humanidade.
E justamente por não ser um livro, mas um conjunto de livros, a bíblia levou bem mais de mil anos para ser escrita e tomar a forma de hoje, podemos identificar em sua gestação, que ela passou por 3 fases:
- Os acontecimentos: antes de se tornar um livro, a Bíblia foi uma realidade vivida e experimentada pelo homem. A essência da Sagrada Escritura não está nas palavras que ela traz, mas nos acontecimentos, nos fatos concretos e acontecimentos salvíficos
- Tradição Oral: logo depois dos Acontecimentos, entra em cena a Tradição Oral. Eles eram contados pelos pais e mães aos filhos, de geração em geração. Esse período durou cerca de 900 anos. Desta forma, o povo mantinha forte em sua lembrança as fortes experiências vividas com Deus. "Lembra-te dos dias antigos, considera os anos das gerações passadas. Interroga teu pai e ele te contará; teus anciãos e eles te dirão" (Deuteronômio 32, 7). "Assim, pois, irmãos, ficai firmes e conservai os ensinamentos que de nós aprendestes, seja por palavras, seja por carta nossa" (2Tessalonicensess 2, 15);
- Tradição Escrita: quando possível, devido às condições políticas, sociais e culturais da época, algumas pessoas começaram a colocar por escrito as ricas e vastas experiências do povo eleito de Deus. Graças a homens inspirados pelo Espírito de Santo, também chamados de hagiógrafos, a Bíblia começou a ser escrita.
Vemos, assim, que a Bíblia, ou melhor, os livros que a compõem foram escritos por homens, mas inspirados por Deus, de forma a prevenir erros. O homem foi o instrumento de Deus e foi movido e dirigido por Ele. No entanto, cabe aqui uma importante observação: o fato de Deus ter inspirado homens a escreverem os livros que compõem a bíblia, não significa que tenha anulado a inteligência e a liberdade deles, veja o que nos diz o Magistério da Igreja a respeito disso:
"Na redação dos livros sagrados, Deus escolheu homens,
dos quais se serviu fazendo-os usar suas próprias faculdades
e capacidades a fim de que, agindo Ele próprio neles e por eles,
escrevessem, como verdadeiros autores,
tudo e só aquilo que Ele próprio quisesse" (Dei Verbum, 11).
PARA QUE SERVE A BÍBLIA?
Na Bíblia é o próprio Deus que se revela a nós através de sua Palavra. Por isso devemos "acolher a palavra de Deus, não como palavra humana, mas como mensagem de Deus, o que ela é em verdade" . Ela é "viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes e atinge até a divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração" (Hebreus 4, 12). Além disso "toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça. Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra" (2Timóteo 3, 16)
Ela serve para que as pessoas creiam em Cristo (João 20, 30 - 31), para ajudar os cristãos a caminharem (Salmo 118(119), 105), para nossa instrução (1Coríntios 10, 11) e para ajudar-nos a instruir, refutar, corrigir e educar na justiça (2Timóteo 3, 16).
São Jerônimo (+ 420) dizia: "Desconhecer as Sagradas Escrituras é ignorar o próprio Jesus Cristo". Santa Teresinha do Menino Jesus, falando do Evangelho, escreveu: "Acima de tudo, o que me sustenta durante a oração é o evangelho. Nele encontro tudo o que necessita minha pobre alma. Nele continuamente descubro novas luzes e sentidos ocultos e misteriosos" (Ms A 83v).
No entanto, não basta conhecer a Bíblia, é preciso coloca-la em prática de maneira fiel e criativa (Tiago 1, 22). A Bíblia precisa tornar-se fonte da nossa força, luz de nossa caminhada e objetivo de nosso trabalho.
COMO DEVE SER LIDA?
A Bíblia é a Palavra Viva de Deus. Precisamos ter a consciência de que "toda Escritura é inspirada por Deus" (2Timoteo 3, 16), "que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal" (2Pedro 1, 20) e também de que "nelas há algumas passagens difíceis de entender, cujo sentido os espíritos ignorantes ou pouco fortalecidos deturpam, para a sua própria ruína, como o fazem também com as demais Escrituras" (2Pedro 3, 16b). No Concílio Ecumênico Vaticano II lemos que: "...para bem captar o sentido dos textos sagrados, deve-se atender com não menor diligência ao conteúdo e à unidade de toda a Escritura, levada em conta a Tradição viva da Igreja toda e a analogia da fé" (Dei Verbum 12).
Com isso vemos que não devemos ler a bíblia como se estivéssemos lendo um livro qualquer, mas sua leitura exige respeito, humildade e prudência.
Por isso é muito importante buscarmos participar de Círculo bíblico, cursos de bíblia, etc, que facilmente podemos encontrar em nossas comunidades, paróquias e dioceses.
COMO REZAR COM A BÍBLIA?
Frei Patrício Sciadini, OCD, aponta 3 atitudes fundamentais que precisamos ter dentro de nós quando nos aproximamos da Sagrada Escritura: "ela deve ser lida: lenta, atenta e amorosamente". Ele explica cada uma delas:
1. Lentamente: não somos acostumados a ler lentamente. Hoje temos quase uma "voracidade compulsiva" em ler muito. Há, poderíamos dizer, um "engordamento artificial" de idéias que não conseguimos digerir. É muito importante na oração evitar essa fome de palavra, ter mais cuidado na escolha do que lemos e ler mais lentamente, quase saboreando palavra por palavra, repartindo as palavras como se fossem uma fruta que queremos saborear e não apenas engolir;
2. Atentamente: prestar atenção ao que se diz ou se lê. Para Santa Teresa, este é o segredo da verdadeira meditação. É preciso, diz ela, saber o que diz e para quem diz, para que seja verdadeira oração. A mesma pedagogia devemos usar quando queremos compreender o que estamos lendo para poder penetrar no seu sentido. Três perguntas podem ser úteis aqui: "O que diz a Palavra? Para quem é dirigida? O que diz para mim hoje?". Essa releitura da Palavra é fundamental para, diante dela, não nos portar como espectadores ou visitantes de um museu, mas atualizá-la para a nossa vida.
3. Amorosamente: ler com amor, como se a Palavra ou texto fosse dirigido tão somente a nós. Essa personalização da Palavra é fundamental para que possamos ser "tocados" pelo espírito do autor que, quando escreveu, tinha uma finalidade: sermos gerados pela Palavra ouvida e meditada. Quando lemos algo com amor, isso produz mais fruto dentro de nós.
Alguns passos simples para ler e meditar um texto bíblico poderiam ser os 4 passos da Lectio Divina. Busque um lugar tranqüilo, onde você possa criar um ambiente calmo e recolhido, com silêncio ou música de fundo, como for melhor, assim feito siga:
1. Leitura: Nesse passo você deve ler, reler, confrontar passagens paralelas; interpretar símbolos, ver personagens; quem fala, como fala, a quem fala, quando fala, onde fala, como agem e reagem as personagens. Nesse passo você deve procurar responder: Que diz o texto?
2. Meditação: Que valores profundos me evoca o texto? Que sinto ou experimento, como reajo ao ler este texto? Com que relaciono o texto? Existem duas fases, na meditação, a primeira de recolher, juntar, reservar sem preguiça; a segunda de ruminar, digerir tudo o que se recolhe; deixar que as palavras se liguem entre si; criar clima, atenção, calor; preocupar-se para que nada te roube a Palavra... Discernir, confrontar e deixar que as palavras que recolheste, guardaste e observaste, se clarifiquem umas às outras. Feito isto, a Palavra faz o resto. Nesse passo você deve procurar responder: Que me diz o Senhor neste texto?
3. Oração: Em silêncio, pela palavra, pelo canto, pelo gesto, que digo ao Senhor? Que palavras, canto, silêncio ou gesto me provoca a Palavra que acabei de ler e meditar? Para esse passo busco responder: Que digo eu ao Senhor que me fala neste texto?
4. Contemplação: Agora é o momento de observar os efeitos dessa palavra sobre você, sobre a sua vida. Responda aqui: Que sinto em mim? Que experiência me é dada viver agora?
Você pode estar se perguntando: mas por onde devo começar a leitura? que livro ler primeiro? devo ler o Antigo ou o Novo Testamento? Bem, há muitos livros católicos com sugestões de leituras, mas uma opção bem eficaz e tradicional é a Liturgia Diária, ela traz as leituras que em cada dia a Igreja medita na Liturgia Eucarística.
E AGORA?
Eis uma regra de ouro que aprendi: Ler a Bíblia todos os dias. "Feliz aquele que se compraz no serviço do Senhor e medita sua lei dia e noite" (Salmo 1, 2). Ler todos os dias sem exceção. Ler quando estiver com vontade, quando sentir falta, mas também quando não estiver com vontade nenhuma. Assim como você alimenta o corpo todos os dias, deve também alimentar diariamente o seu espírito com a Palavra de Deus.
Então, o que é que você está esperando? Inclua a leitura da Bíblia no seu dia-a-dia, reze com ela e descubra as maravilhas que Deus deseja lhe contar.
Os Dons de Santificação
No Espírito Santo, Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, reside o Amor Supremo entre o Pai e o Filho. Foi pelo Divino Espírito Santo que Deus se encarnou no seio de Maria Santíssima, trazendo Jesus ao mundo para nossa salvação. Peçamos humildemente à Maria, esposa do Espírito Santo, que interceda por nós junto a Deus concedendo-nos a graça de recebermos os divinos dons, apesar de nossa indignidade, de nossa miséria. Nas Escrituras, o próprio Jesus quem nos recomenda: "Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto" (Mt VII, 7s).
Fortaleza
Por essa virtude, Deus nos propicia a coragem necessária para enfrentarmos as tentações, vulnerabilidade diante das circunstâncias da vida e também firmeza de caráter nas perseguições e tribulações causadas por nosso testemunho cristão diante do mundo. Lembremo-nos que foi com muita coragem, com muito heroísmo, que os santos mártires desprezaram as promessas, as blandícias e ameaças do mundo. Com que serenidade foram ao encontro da morte! Que luta gloriosa não sustentaram! Luta não há mais para eles. Agora gozam de perfeita paz, em união íntima com Jesus, de cuja glória participam. Também nós, havemos de combater para alcançar a coroa eterna. Vivemos num mundo cheio de perigos e tentações. A alma acha-se constantemente envolta nas tempestades de paixões revoltadas. Maus exemplos pululam e as inclinações do coração são sempre dirigidas para o mal. Resistir a tudo isto requer força de vontade, combate resoluto, sem tréguas. Roguemos a Deus para que essa virtude seja nossa companheira inseparável; testemunhemos nosso amor a Deus por palavras e obras. Assim, viveremos na fé e pela fé, certos de que seremos felizes aqui e na eternidade.
Sabedoria
O sentido da sabedoria humana reside no reconhecimento da sabedoria eterna de Deus, Criador de todas as coisas que distribui seus dons conforme seus desígnios. Para alcançarmos a vida eterna devemos nos aliar a uma vida santa, de perfeito acordo com os mandamentos da lei de Deus e da Igreja. Nisto reside a verdadeira sabedoria que, aliás, não é um dom que brota de baixo para cima, jamais será alcançada por esforço próprio. É um dom que vem do alto e flui através do Espírito Santo que rege a Igreja de Deus sobre a terra.
Ciência
Todo o saber vem de Deus. Se temos talentos, deles não nos devemos orgulhar, porque de Deus é que os recebemos. Se o mundo nos admira, bate aplausos aos nossos trabalhos, a Deus é que pertence esta glória, a Deus, que é o doador de todos os bens.
Conselho
Hoje, mais do que nunca está em foco a educação da mocidade e todos reconhecem também a importância do ensino para a perfeita formação da criança. As dificuldades internas e externas, materiais e morais, muitas vezes passam pelo dom do Conselho, sem disto nos apercebermos. É uma responsabilidade, portanto, cumprir a vontade de Deus que destinou o homem para fins superiores, para a santidade. Para que possamos auxiliar o próximo com pureza e sinceridade de coração, devemos pedir a Deus este precioso dom, com o qual O glorificaremos aos mostrarmos ao irmão as lições temporais que levam ao caminho da salvação. É sob a influência deste ideal que a mãe ensina o filhinho a rezar, a praticar os primeiros atos das virtudes cristãs, da caridade, da obediência, da penitência, do amor ao próximo.
Entendimento
Há pessoas que, mesmo sem entender os preceitos da Igreja, permanecem fiéis aos seus ensinamentos; possuem o sabor pelas coisas de Deus e mesmo ignorando o vasto significado da liturgia, dos dogmas, das orações, dão testemunho de intensa devoção e piedade. Estão repletos de sabedoria, mas falta-lhes o entendimento, que resume-se na busca pela compreensão das coisas de Deus no seu sentido mais profundo. Portanto, Sabedoria não é consequência do Entendimento, ou vice-versa. Roguemos ao Senhor que nos conceda o Entendimento, perfeito complemento da Sabedoria. Por serem distintamente preciosos, nos fazem aproximar de Deus com todas as nossas forças, com toda a nossa devoção e inteligência.
Piedade
Nos dias de hoje, considerando a população mundial, há poucas, muito poucas pessoas que acham prazer em serem devotas e piedosas; as poucas que o são, tornam-se geralmente alvo de desprezo ou escárnio de pessoas que tem outra compreensão da vida. Realmente, é grande a diferença que há entre um e outro modo de viver. Resta saber qual dos dois satisfaz mais à alma, qual dos dois mais consolo lhe dá na hora da morte, qual dos dois mais agrada a Deus. Não é difícil acertar a solução do problema. Num mundo materialista e distante de Deus, peçamos a graça da piedade, para que sejamos fervorosos no cumprimento das escrituras.
Temor de Deus
Teme a Deus quem procura praticar os seus mandamentos com sinceridade de coração. Como nos diz as Escritura, devemos buscar em primeiro lugar o reino de Deus, e o resto nos será dado por acréscimo. O mundo muitas vezes sufoca e obscurece o coração. Todas as vezes que transigências fizemos às tentações, com certeza desprezamos a Deus Nosso Senhor. Quantas vezes preferimos a causa dos bens miseráveis deste mundo e esquecemo-nos de Deus! Quantas vezes tememos mais a justiça dos homens do que a justiça de Deus! Santo Anastácio a este respeito dizia: "A quem devo temer mais, a um homem mortal ou a Deus, por quem foram criadas todas as coisas?". Não esqueçamos, portanto, de pedir ao Deus Espírito Santo a graça de estarmos em sintonia diária com os preceitos do Criador.
Fortaleza
Por essa virtude, Deus nos propicia a coragem necessária para enfrentarmos as tentações, vulnerabilidade diante das circunstâncias da vida e também firmeza de caráter nas perseguições e tribulações causadas por nosso testemunho cristão diante do mundo. Lembremo-nos que foi com muita coragem, com muito heroísmo, que os santos mártires desprezaram as promessas, as blandícias e ameaças do mundo. Com que serenidade foram ao encontro da morte! Que luta gloriosa não sustentaram! Luta não há mais para eles. Agora gozam de perfeita paz, em união íntima com Jesus, de cuja glória participam. Também nós, havemos de combater para alcançar a coroa eterna. Vivemos num mundo cheio de perigos e tentações. A alma acha-se constantemente envolta nas tempestades de paixões revoltadas. Maus exemplos pululam e as inclinações do coração são sempre dirigidas para o mal. Resistir a tudo isto requer força de vontade, combate resoluto, sem tréguas. Roguemos a Deus para que essa virtude seja nossa companheira inseparável; testemunhemos nosso amor a Deus por palavras e obras. Assim, viveremos na fé e pela fé, certos de que seremos felizes aqui e na eternidade.
Sabedoria
O sentido da sabedoria humana reside no reconhecimento da sabedoria eterna de Deus, Criador de todas as coisas que distribui seus dons conforme seus desígnios. Para alcançarmos a vida eterna devemos nos aliar a uma vida santa, de perfeito acordo com os mandamentos da lei de Deus e da Igreja. Nisto reside a verdadeira sabedoria que, aliás, não é um dom que brota de baixo para cima, jamais será alcançada por esforço próprio. É um dom que vem do alto e flui através do Espírito Santo que rege a Igreja de Deus sobre a terra.
Ciência
Todo o saber vem de Deus. Se temos talentos, deles não nos devemos orgulhar, porque de Deus é que os recebemos. Se o mundo nos admira, bate aplausos aos nossos trabalhos, a Deus é que pertence esta glória, a Deus, que é o doador de todos os bens.
Conselho
Hoje, mais do que nunca está em foco a educação da mocidade e todos reconhecem também a importância do ensino para a perfeita formação da criança. As dificuldades internas e externas, materiais e morais, muitas vezes passam pelo dom do Conselho, sem disto nos apercebermos. É uma responsabilidade, portanto, cumprir a vontade de Deus que destinou o homem para fins superiores, para a santidade. Para que possamos auxiliar o próximo com pureza e sinceridade de coração, devemos pedir a Deus este precioso dom, com o qual O glorificaremos aos mostrarmos ao irmão as lições temporais que levam ao caminho da salvação. É sob a influência deste ideal que a mãe ensina o filhinho a rezar, a praticar os primeiros atos das virtudes cristãs, da caridade, da obediência, da penitência, do amor ao próximo.
Entendimento
Há pessoas que, mesmo sem entender os preceitos da Igreja, permanecem fiéis aos seus ensinamentos; possuem o sabor pelas coisas de Deus e mesmo ignorando o vasto significado da liturgia, dos dogmas, das orações, dão testemunho de intensa devoção e piedade. Estão repletos de sabedoria, mas falta-lhes o entendimento, que resume-se na busca pela compreensão das coisas de Deus no seu sentido mais profundo. Portanto, Sabedoria não é consequência do Entendimento, ou vice-versa. Roguemos ao Senhor que nos conceda o Entendimento, perfeito complemento da Sabedoria. Por serem distintamente preciosos, nos fazem aproximar de Deus com todas as nossas forças, com toda a nossa devoção e inteligência.
Piedade
Nos dias de hoje, considerando a população mundial, há poucas, muito poucas pessoas que acham prazer em serem devotas e piedosas; as poucas que o são, tornam-se geralmente alvo de desprezo ou escárnio de pessoas que tem outra compreensão da vida. Realmente, é grande a diferença que há entre um e outro modo de viver. Resta saber qual dos dois satisfaz mais à alma, qual dos dois mais consolo lhe dá na hora da morte, qual dos dois mais agrada a Deus. Não é difícil acertar a solução do problema. Num mundo materialista e distante de Deus, peçamos a graça da piedade, para que sejamos fervorosos no cumprimento das escrituras.
Temor de Deus
Teme a Deus quem procura praticar os seus mandamentos com sinceridade de coração. Como nos diz as Escritura, devemos buscar em primeiro lugar o reino de Deus, e o resto nos será dado por acréscimo. O mundo muitas vezes sufoca e obscurece o coração. Todas as vezes que transigências fizemos às tentações, com certeza desprezamos a Deus Nosso Senhor. Quantas vezes preferimos a causa dos bens miseráveis deste mundo e esquecemo-nos de Deus! Quantas vezes tememos mais a justiça dos homens do que a justiça de Deus! Santo Anastácio a este respeito dizia: "A quem devo temer mais, a um homem mortal ou a Deus, por quem foram criadas todas as coisas?". Não esqueçamos, portanto, de pedir ao Deus Espírito Santo a graça de estarmos em sintonia diária com os preceitos do Criador.
O Canto Gregoriano
Conta-se que o tristemente célebre Diderot, ao ouvir entoar a majestosa Lauda Sion na procissão de Corpus Christi, se viu inteiramente forçado a curvar os joelhos e render adoração àquele Deus a quem negava. “Nunca pude ouvir, disse ele, aquele grave e impressionante hino entoado pelos padres e respondido por mil vozes de homens, mulheres e crianças, sem que o coração se me apertasse de estranhas e vivas emoções, e dos olhos se me rebentassem as lágrimas”.Há pouco tempo, o Papa Bento XVI pediu que se resgatasse esse tipo de canto litúrgico nas missas e foi duramente criticado, porque para muita gente isso significava um retrocesso, um retorno à velha Igreja pré-conciliar e um limite ao avanço de alguns setores eclesiais. Não concordo e tenho certeza que quem se dispuser a ouvir este estilo de música, sem nenhum tipo de preconceito, vai entender e aprovar a idéia. Não se trata de impor o latim em substituição à língua vernácula. Mas, no meu humilde ponto de vista, não seria mal se, nas missas dominicais, onde fosse possível, de vez em quando, fosse usado o Canto Gregoriano. Por exemplo: no Kyrie, no Glória, no Credo, no Santo e no Agnus Dei. O nosso povo já sabe o que cada um desses cantos significa no seu todo, mesmo que se ignore a tradução de certas palavras. É o que a gente faz aqui na Abadia da Ressurreição. Os outros poderiam ser os da Pastoral Litúrgica, levando em conta a índole do nosso povo e suas autênticas expressões artísticas, que variam de região para região.O Bispo Diocesano, D. Jaime de Barros Câmara, quando era Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, criou o Instituto Pio X, filial do Instituto Gregoriano de Paris, para divulgar a técnica dos Monges de Solesmes, conseguida após inúmeros trabalhos de pesquisa científica e histórica realizados por eles. D. Jaime dizia que “o valor e a beleza do Canto Gregoriano são tais que de Mozart, ou de outro corifeu da música, se diz que estava disposto a sacrificar todo o seu renome, se pudesse dizer-se compositor do Prefácio Gregoriano”.Não sei se os internautas conhecem este tipo de canto litúrgico. Para quem não sabe do que se trata, transcrevo a definição de S. Pio X: ”É o canto próprio da Igreja Romana, o único que herdou dos antigos e que conservou ciosamente durante séculos, e que propõe aos fiéis como sendo diretamente o seu, e que prescreve exclusivamente em certas partes de sua liturgia”. M. Le Guennant, que foi Diretor do Instituto Gregoriano de Paris, complementa: “Pode-se afirmar que o Canto Gregoriano nos propõe modelos acabados de música viva, logo humana, logo indefinidamente atual e suscetível, portanto, de satisfazer às aspirações das almas sedentas de espiritualidade profunda”.Sto. Agostinho dizia que em Milão ouvia essas melodias e como elas dispuseram sua alma para a conversão. De onde vem este canto? Como e quando começou a ser cantado?Mateus 26, 39 e Marcos 14, 26 contam que Jesus e seus discípulos, depois de cantar o hino, saíram para o Monte das Oliveiras. Pedro Griesbacherf, uma das maiores autoridades no assunto, afirma que foi na primeira Quinta-Feira Santa que nasceu a Liturgia Católica. Mas que hino foi aquele? Não se sabe ao certo, mas, muito provavelmente, se tratou do Hallel (Sl. 113-118), todo ou em parte, ou então, do grande Hallel (Sl. 134-136).Para se ter uma visão panorâmica da evolução do Canto Gregoriano, vamos dividir a sua história em 4 períodos, aproveitando o esquema da Ir. Marie Rose O.P.:
O Começo
Ele nasceu com a Igreja e desde o início foi a expressão coletiva e oficial de sua oração. Na medida em que ela foi se expandindo (entre os gregos, latinos, na Ásia Menor e na África), novos elementos se misturaram às melodias primitivas. Por exemplo: os gregos contribuíram com os MODOS, os latinos, com a notação derivada de acentos gramaticais, os orientais, com as estrofes (que originaram os hinos) e as antífonas. O interessante é que, mesmo com tantos elementos vindos de tantas culturas diferentes, se conseguiu uma unidade, que até hoje ninguém sabe explicar. Tudo o que era particular e que diferenciava, tudo que trazia a marca de raça, temperamento, moda e gosto efêmero foi deixado de lado, conservando-se apenas o que era capaz de unir, o que tocasse o fundo das almas, o que revelava a vida profunda de cada um e de todos.Formou-se, então, um canto coletivo, de caráter universal. Não era a voz de um, não era a obra deste ou daquele, mas a voz, a obra da Igreja. A partir do século III, a língua latina foi adotada pela Igreja Romana, para a sua oração oficial e litúrgica. Nos séculos IV, V e VI, desenvolve-se grande atividade litúrgica e musical (as duas sempre estão juntas).
A Sistematização e Divulgação
Contribuição de São Gregório I (o Magno):a) Recolheu, escolheu, pôs em ordem as peças e deu-lhes um lugar no ciclo litúrgico, formando um repertório ou “antifonário” oficial;b) Reformou e aperfeiçoou os cantos já existentes e em uso;c) Fundou a Schola Cantorum, escola superior de Música Sacra, para que o canto se conservasse puro e intacto, estudado com cuidado e executado sempre de um modo artístico.
Por causa da excelência da obra realizada por São Gregório Magno, o canto litúrgico da cristandade latina tomou o nome de Gregoriano. Sua simplicidade e clareza, sobriedade e precisão, severidade de linhas e harmonia das partes, caráter prático e bom senso logo atraíram a admiração de todos que vinham a Roma. Muitos bispos desejaram, então, adotar a liturgia e o canto de São Gregório em suas respectivas igrejas. No século VIII, o príncipe Carlos Magno trabalhou muito para a sua propagação nas diferentes Igrejas do Ocidente.
A Decadência
a) O abandono progressivo das tradições rítmicas, sobretudo após o emprego do alfabeto para designar as notas, a pauta e claves;b) Surgimento de uma nova maneira de cantar as melodias gregorianas com o início da polifonia vocal. A melodia também sofreu certa deformação. Também o protestantismo, sempre se opondo aos hábitos católicos, lança a moda dos corais a 4 vozes. Assim as melodias gregorianas caem num período de total esquecimento;c) A atribuição arbitrária de durações desiguais às diversas formas de notas, porque se desconheciam as origens da notação gregoriana;d) A amputação das melodias e o modo pesado de cantá-las no Século XVIII. O ritmo e a melodia tornaram-se irreconhecíveis. Perdendo o ritmo, o Canto Gregoriano perdeu a sua alma. A música moderna com seus novos autores que, desconhecendo o sentido das palavras da missa, repetiam-nas a ponto de torná-las enfadonhas e insuportáveis;e) O Renascimento, por causa do seu desprezo por tudo que era medieval.
A Restauração
Em 1847, foi descoberto o manuscrito bilíngüe de Montpellier, por Danjou. Em 1848, o Pe. Lambillotte entregou um preciosíssimo manuscrito de St. Gall, atribuído ao diácono Romanus. Em 1850, um ensaio de restauração, por uma comissão, sob o controle da Igreja, publicou a edição “Reims & Cambrai”. Foi um progresso, mas insuficiente. Em 1856, D. Guéranger, Abade de Solesmes, iniciou com seus monges os estudos dos manuscritos da França e conseguiu resultados surpreendentes, válidos até hoje.Na nossa abadia, tentamos seguir a tradição, na medida do possível, mas inovamos sobretudo em 3 aspectos: cantamos o Ofício em Português, em alguns momentos usamos instrumentos (órgão, violão e flauta) e alguns cantos são cantados em polifonia. Nós gostamos do resultado e a venda dos nossos CDs parece indicar que o povo também aprovou.A Trindade Santa, grande inspiradora dos artistas, a nossa Mãe Maria Santíssima que cantou um dos hinos mais lindos do Novo Testamento, o Magnificat, e o nosso Pai São Bento, que tanto valorizava os artistas e a Liturgia estejam sempre presentes na vida de todos.
D. Elredo França, OSB
O Começo
Ele nasceu com a Igreja e desde o início foi a expressão coletiva e oficial de sua oração. Na medida em que ela foi se expandindo (entre os gregos, latinos, na Ásia Menor e na África), novos elementos se misturaram às melodias primitivas. Por exemplo: os gregos contribuíram com os MODOS, os latinos, com a notação derivada de acentos gramaticais, os orientais, com as estrofes (que originaram os hinos) e as antífonas. O interessante é que, mesmo com tantos elementos vindos de tantas culturas diferentes, se conseguiu uma unidade, que até hoje ninguém sabe explicar. Tudo o que era particular e que diferenciava, tudo que trazia a marca de raça, temperamento, moda e gosto efêmero foi deixado de lado, conservando-se apenas o que era capaz de unir, o que tocasse o fundo das almas, o que revelava a vida profunda de cada um e de todos.Formou-se, então, um canto coletivo, de caráter universal. Não era a voz de um, não era a obra deste ou daquele, mas a voz, a obra da Igreja. A partir do século III, a língua latina foi adotada pela Igreja Romana, para a sua oração oficial e litúrgica. Nos séculos IV, V e VI, desenvolve-se grande atividade litúrgica e musical (as duas sempre estão juntas).
A Sistematização e Divulgação
Contribuição de São Gregório I (o Magno):a) Recolheu, escolheu, pôs em ordem as peças e deu-lhes um lugar no ciclo litúrgico, formando um repertório ou “antifonário” oficial;b) Reformou e aperfeiçoou os cantos já existentes e em uso;c) Fundou a Schola Cantorum, escola superior de Música Sacra, para que o canto se conservasse puro e intacto, estudado com cuidado e executado sempre de um modo artístico.
Por causa da excelência da obra realizada por São Gregório Magno, o canto litúrgico da cristandade latina tomou o nome de Gregoriano. Sua simplicidade e clareza, sobriedade e precisão, severidade de linhas e harmonia das partes, caráter prático e bom senso logo atraíram a admiração de todos que vinham a Roma. Muitos bispos desejaram, então, adotar a liturgia e o canto de São Gregório em suas respectivas igrejas. No século VIII, o príncipe Carlos Magno trabalhou muito para a sua propagação nas diferentes Igrejas do Ocidente.
A Decadência
a) O abandono progressivo das tradições rítmicas, sobretudo após o emprego do alfabeto para designar as notas, a pauta e claves;b) Surgimento de uma nova maneira de cantar as melodias gregorianas com o início da polifonia vocal. A melodia também sofreu certa deformação. Também o protestantismo, sempre se opondo aos hábitos católicos, lança a moda dos corais a 4 vozes. Assim as melodias gregorianas caem num período de total esquecimento;c) A atribuição arbitrária de durações desiguais às diversas formas de notas, porque se desconheciam as origens da notação gregoriana;d) A amputação das melodias e o modo pesado de cantá-las no Século XVIII. O ritmo e a melodia tornaram-se irreconhecíveis. Perdendo o ritmo, o Canto Gregoriano perdeu a sua alma. A música moderna com seus novos autores que, desconhecendo o sentido das palavras da missa, repetiam-nas a ponto de torná-las enfadonhas e insuportáveis;e) O Renascimento, por causa do seu desprezo por tudo que era medieval.
A Restauração
Em 1847, foi descoberto o manuscrito bilíngüe de Montpellier, por Danjou. Em 1848, o Pe. Lambillotte entregou um preciosíssimo manuscrito de St. Gall, atribuído ao diácono Romanus. Em 1850, um ensaio de restauração, por uma comissão, sob o controle da Igreja, publicou a edição “Reims & Cambrai”. Foi um progresso, mas insuficiente. Em 1856, D. Guéranger, Abade de Solesmes, iniciou com seus monges os estudos dos manuscritos da França e conseguiu resultados surpreendentes, válidos até hoje.Na nossa abadia, tentamos seguir a tradição, na medida do possível, mas inovamos sobretudo em 3 aspectos: cantamos o Ofício em Português, em alguns momentos usamos instrumentos (órgão, violão e flauta) e alguns cantos são cantados em polifonia. Nós gostamos do resultado e a venda dos nossos CDs parece indicar que o povo também aprovou.A Trindade Santa, grande inspiradora dos artistas, a nossa Mãe Maria Santíssima que cantou um dos hinos mais lindos do Novo Testamento, o Magnificat, e o nosso Pai São Bento, que tanto valorizava os artistas e a Liturgia estejam sempre presentes na vida de todos.
D. Elredo França, OSB
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